Google passa a exigir pelo menos dois anos de atualizações de segurança para celulares Android

O Google agora exige das fabricantes de celulares com Android pelo menos dois anos de atualizações de segurança nos aparelhos. A nova obrigatoriedade foi descoberta pelo Verge, que teve acesso a contratos de licenciamento da empresa. • Dez anos do primeiro smartphone Android: parabéns, robôzinho! • Vamos falar a real: os primeiros aparelhos Android eram ruins […]

O Google agora exige das fabricantes de celulares com Android pelo menos dois anos de atualizações de segurança nos aparelhos. A nova obrigatoriedade foi descoberta pelo Verge, que teve acesso a contratos de licenciamento da empresa.

• Dez anos do primeiro smartphone Android: parabéns, robôzinho!
• Vamos falar a real: os primeiros aparelhos Android eram ruins

Os contratos estipulam obrigações claras de que celulares e tablets populares sejam atualizados durante dois anos. Dentro do primeiro ano depois do lançamento de um aparelho, as fabricantes que têm o Android como sistema operacional de seus dispositivos precisam fornecer pelo menos quatro atualizações de segurança. No segundo ano, as atualizações também precisam ser disponibilizadas, mas sem um número mínimo obrigatório.

Os termos observados pelo Verge cobrem dispositivos lançados depois de 31 de janeiro de 2018 que tenham sido ativados por mais de 100 mil usuários. Desde 31 de julho deste ano, as exigências foram aplicadas a 75% dos aparelhos, segundo o Verge, que conta ainda que, a partir de 31 de janeiro de 2019, todos os celulares e tablets que se enquadram nas exigências terão que receber essas atualizações.

As fabricantes têm um prazo específico para corrigir as falhas descobertas pelo Google. Ao fim de cada mês, os aparelhos precisam estar protegidos contra vulnerabilidades que tenham sido identificadas mais de 90 dias antes. Isso faz com que, mesmo sem um número definido de atualizações para o segundo ano, por exemplo, as fabricantes sejam obrigadas a atualizar constantemente seus dispositivos.

A “punição” para o não cumprimento das diretrizes, segundo o Verge, é a possibilidade de o Google não conceder aprovação para celulares futuros, o que impossibilitaria o seu lançamento.

O Verge conta que observou essas novas diretrizes no novo acordo de licenciamento do Google para telefones e tablets Android distribuídos na União Europeia. Apesar de não ter como confirmar que as exigências estão presentes nos termos de acordos globais, o veículo afirma que os comentários públicos da companhia e o contrato indicam que elas são parecidas em outras regiões.

Há anos o Google tem lidado com problemas em torno das atualizações de aparelhos com Android. Frequentemente, os fabricantes ignoram produtos mais antigos, com os usuários ficando desprotegidos contra certas falhas, mesmo as identificadas há um bom tempo. Versões mais recentes do Android facilitaram a instalação de atualizações e a identificação por parte dos usuários de que seus aparelhos estavam desatualizados. Porém, essas novas exigências são prova de que o problema ainda está longe de ser completamente sanado. Esse novo passo, no entanto, parece contundente na missão do Google de remediar a situação.

[The Verge]

Imagem do topo: Flickr

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