Google finalmente começa a combater fragmentação no Android

O aspecto livre e aberto do Android tem sido bom e ruim para o robozinho. O sistema operacional móvel do Google está disponível para qualquer fabricante que queira usar, ou seja, tem Android pra todo lado! Só que isso significa personalizações do sistema, que às vezes tornam o sistema feio, inutilizável, ou ambos. E também […]

O aspecto livre e aberto do Android tem sido bom e ruim para o robozinho. O sistema operacional móvel do Google está disponível para qualquer fabricante que queira usar, ou seja, tem Android pra todo lado! Só que isso significa personalizações do sistema, que às vezes tornam o sistema feio, inutilizável, ou ambos. E também significa fragmentação nas versões do Android.

Isso parece estar mudando, finalmente. De acordo com a Bloomberg, o Google passou os últimos meses colocando limites para os parceiros do Android. Quem quiser licenciar o Android tem que assinar “cláusulas de não-fragmentação” – com isso, o Google dá a palavra final sobre mudanças que as fabricantes quiserem fazer no sistema.

Andy Rubin, chefe do Android no Google, diz que cláusulas como estas sempre existiram, mas parece que agora estão sendo cumpridas de forma mais rígida. Segundo John Lagerling, diretor global de parcerias do Android, a ideia é manter um controle de qualidade, eliminar bugs mais rápido e deixar a experiência do Android mais homogênea entre as fabricantes. “Depois disso, a customização pode começar”, diz ele.

Segundo Rubin, o Google decidiu evitar a fragmentação escolhendo uma dupla de parceiros para ter acesso ao Android antes de todo mundo. No início, em 2008, eles escolheram a HTC e a Qualcomm para lançar o G1 (ou HTC Magic). Hoje, 60% dos dispositivos com Android rodam chips da Qualcomm, e a HTC não para de crescer. Desta vez, para o Honeycomb, eles escolheram a Motorola e a Nvidia, e foi lançado o Xoom com Tegra 2. E os tablets da LG e da Samsung são, de fato, muito parecidos com o Xoom.

Só que isso não parece ajudar muito em resolver a fragmentação: as fabricantes que recebem o Android depois, como a Dell, acabam tendo que lançar aparelhos com versões ultrapassadas. Desenvolvedores pequenos também são afetados – mais ainda, agora que o código do Honeycomb não será revelado tão cedo.

E há quem acuse o Google de pesar a mão no controle de fragmentação. Uma das medidas seria tirar o Bing – engine de buscas da Microsoft – dos celulares com Android da operadora americana Verizon. (No Brasil, temos algo semelhante: a Claro vende aparelhos Android com busca Yahoo. O Google não se manifestou em relação a isso, no entanto.)

Enfim, é bom ver que o Google deu um primeiro passo para acabar com a fragmentação, controlando mais o acesso e uso do Android por parte das fabricantes. Próximo passo: facilitar a distribuição de atualizações entre todos os aparelhos com Android. Veja o que o Windows Phone 7 está fazendo, e tente pelo menos copiar. [Bloomberg via Gizmodo US]

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