Samsung e Google vão unificar sistemas Tizen e Wear OS em smartwatches

Parceria vai permitir que os relógios com a nova plataforma sejam até 30% mais rápidos. Próximo Galaxy Watch já virá com o novo sistema.
Galaxy Watch 3 manteve painel rotativo de modelos anteriores. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo
Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo

Eram muitos os rumores de que a Samsung abandonaria deve vez o Tizen nos smartwatches. E os boatos são mesmo reais: nesta terça-feira (18), o Google confirmou durante o evento Google I/O que está unificando a plataforma da companhia sul-coreana com o Wear OS. O “novo” sistema, que continuará se chamando Wear OS, é uma parceria das duas empresas.

De acordo com o Google, o software unificado será 30% mais rápido na abertura de apps e tem bateria de longa duração usando núcleos de menor energia. Isso deve permitir recursos mais avançados, como monitoramento contínuo da frequência cardíaca e rastreamento do sono. É verdade que essas funções já existem em outros relógios inteligentes, mas será a primeira vez que tais recursos mais básicos estarão presentes na nova versão do Wear OS.

GIF: Google

O sistema também vai trazer atualizações para todos os serviços do Google. O Maps, por exemplo, poderá ser usado sem precisar de um celular por perto, e o YouTube Music ganhará um app dedicado para relógios equipados com a plataforma. Além dos próprios aplicativos do Google, serviços como Strava, Adidas Running, Spotify e Bitmoji também foram citados como exemplos de apps que foram reconstruídos na nova plataforma.

A Samsung não foi a única parceria anunciada pelo Google. Lembra da Fitbit, que a gigante das buscas comprou no início de 2021? Os dispositivos da marca também vão migrar para o novo Wear OS. Inclusive, o CEO da Fitbit, James Park, deu a entender que a companhia vai apresentar uma nova linha de smartwatches premium baseados no sistema recém-anunciado.

Fato é que a unificação do Tizen com o antigo Wear OS sinaliza uma grande mudança no cenário dos vestíveis e coloca o Google de volta ao jogo. Embora tenha sido uma das primeiras empresas a promover essa categoria de produto, a empresa foi engolida por outras fabricantes nos últimos anos. Quem sabe agora as coisas mudem?

Já para a Samsung, lançar um sistema operacional próprio para smartwatches teve seus prós e contras. Por um lado, o Tizen — que chegou pela primeira veze em 2014 — não passou pela mesma ausência de recursos de saúde que atingiu o Wear OS. No entanto, a Samsung nunca foi capaz de construir uma loja de aplicativos de terceiros que fosse tão expansiva quanto a Play Store.

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Para fãs do Tizen que possam ficar chateados, pensem pelo lado bom: uma plataforma unificada vai tornar mais fácil para os desenvolvedores criar aplicativos para Android. Isso poderia revigorar o ecossistema de vestíveis baseado na plataforma, e talvez comecemos a ver outras marcas além da Fossil lançarem produtos equipados com Wear OS.

A Samsung já confirmou que o próximo Galaxy Watch virá equipado com o novo sistema operacional unificado. Dispositivos atuais da companhia não devem ser atualizados para o novo Wear OS, mas a empresa confirmou à revista Wired que os usuários poderão exportar seus dados de aparelhos antigos para os novos relógios da marca.

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