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Google muda algoritmo nas buscas para diminuir exibição de sites com conteúdo difamatório

Objetivo é diminuir a propagação de calúnias, principalmente vítimas de notícias falsas e pornografia da vingança.

Imagem: Florence Ion/Gizmodo

Imagem: Florence Ion/Gizmodo

O Google está mudando seu algoritmo de busca para ajudar vítimas de calúnias online e da chamada “pornografia de vingança”, que é quando alguém publica conteúdos de outra pessoa sem autorização a fim de difamá-la. De acordo com o New York Times, a empresa quer evitar que sites que hospedam conteúdo difamatório apareçam na lista de resultados durante a busca por um nome. O Google também vai excluir endereços com nomes duvidosos ou que cobram das vítimas a remoção do conteúdo de assédio.

“Alguns tipos de consultas são mais suscetíveis a agentes mal-intencionados e requerem soluções especializadas”, escreve Pandu Nayak, pesquisador do Google e vice-presidente de pesquisa, no blog da empresa.

Nayak continua:

“Para ajudar pessoas que estão lidando com casos extraordinários de assédio repetido, estamos implementando uma melhoria em nossa abordagem para proteger ainda mais essas vítimas. Agora, assim que alguém solicitar a remoção de um site com práticas predatórias, aplicaremos automaticamente proteções de classificação para ajudar a evitar que conteúdo de outros sites semelhantes de baixa qualidade apareça nos resultados de pesquisa para nomes de pessoas. Também estamos procurando expandir ainda mais essas proteções, como parte de nosso trabalho contínuo neste espaço.”

No entanto, o Google admite que esta não é uma solução definitiva para o assédio online “Realmente deve ter um impacto significativo e positivo. Não podemos policiar a web, mas podemos ser cidadãos responsáveis”, disse David Graff, vice-presidente do Google para políticas e padrões globais e confiança e segurança.

O público agora está mais ciente da pornografia de vingança e das calúnias online. Não apenas devido ao número de vítimas que relataram os ataques, mas por causa da dificuldade de remover esse tipo de conteúdo. O Google, que lida com cerca de 90% do tráfego global de buscas online, não tem um histórico muito eficaz em ajudar vítimas de assédio. Parte disso acontece porque a companhia se orgulha em se posicionar como um serviço “imparcial”. Mas quando vidas fora da Internet estão em jogo, é difícil permanecer imparcial.

Mudanças só acontecem agora

Conforme o Google ajustava seu algoritmo de busca para revelar mais “conteúdo autorizado”, isso acabava propiciando o surgimento de sites enganosos, falsos e ofensivos. Foi quando a empresa passou a ser mais proativa na remoção de resultados prejudiciais da pesquisa.

Caso você tenha sido vítima de alguma situação citada pelo Google, é possível preencher um formulário neste link. Entre as categorias listadas para remoção estão:

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