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Google Play Música Acesso Ilimitado: streaming no Android, iOS e web a partir de R$12,90 mensais

O streaming do Play Música estava limitado a clientes da Samsung. Isso muda hoje: todo mundo agora pode usar o recurso por um valor promocional.

Em setembro, o Play Música chegou ao Brasil, mas uma de suas melhores partes – o streaming do catálogo do Google – ficou limitado a clientes da Samsung. Isso muda hoje: agora todo mundo pode usar o recurso por um valor promocional.

Quem entrar no serviço até o dia 7 de janeiro de 2015 terá um período gratuito de 60 dias e poderá assiná-lo por R$ 12,90 mensais. Depois do dia 07/01, o período gratuito passar a ser de 30 dias e o preço da assinatura sobe para R$ 14,90, igual aos concorrentes. A compra do serviço poderá ser feita com cartão nacional ou internacional.

O pessoal do hardMOB descobriu que você pode testar o Acesso Ilimitado de graça por 90 dias. Primeiro, cadastre seu cartão no Google Wallet através deste link (se você não tiver feito isso antes). Depois, acesse este link e faça login na sua conta. Pode não dar certo da primeira vez, então aperte F5. (Se a promoção ainda não aparecer, vá na roda dentada > Configurações > “Teste o Acesso ilimitado agora”.)

Você tem um dispositivo Samsung, seja um smartphone, tablet ou alto-falante Bluetooth? Desde 1º de novembro, você pode usar o Acesso Ilimitado. O serviço será gratuito por três meses, contados a partir do dia que você ativar.

O que tem no Acesso Ilimitado?

São 30 milhões de músicas no catálogo do Acesso Ilimitado, segundo o Google. Você pode acessar o streaming através do navegador web em seu computador, ou através de apps para Android e iOS.

O Acesso Ilimitado não tem anúncios, oferece modo offline em dispositivos móveis e pode ser acessado simultaneamente em até 10 dispositivos (ao contrário do Spotify). O serviço faz recomendações baseadas no que você andou vendo na internet: ela analisa o que você viu no YouTube e as músicas que você pesquisou no Google enquanto estava logado.

Para fins de comparação, o Spotify, o Deezer e o Rdio custam R$ 14,90 por mês. Promocionalmente, o Spotify está oferecendo três meses de Premium por R$ 4,99, mas só para novos assinantes; o Deezer, por sua vez, está cobrando R$ 1,99 por dois meses. Depois desses períodos, é cobrado o valor integral.

Como assinar

Infelizmente, assinar o Play Música Acesso Ilimitado pode não ser muito intuitivo. Normalmente, ao ir em play.google.com/music, o Google vai mostrar a mensagem abaixo, e você pode clicar em “Faça o teste agora” para assinar.

Se você clicou em “Não, obrigado”, terá que abrir a roda dentada, ir em Configurações e depois em “Teste o Acesso Ilimitado agora”. (Por que não colocar um botão “Assine agora” bem visível, como todo mundo faz?)

Então basta clicar em “Primeiros passos”, inserir seus dados do cartão de crédito – caso não tenha feito isso antes – e clicar em “Aceitar e comprar”. Daqui a 60 dias, você será cobrado em R$ 12,90 mensais.

Se você quiser fazer isso no Android, precisa abrir o menu lateral, ir em Configurações e tocar em “Testar o Acesso ilimitado”. (Se o botão não aparecer, atualize o app.)

Como funciona

Após assinar o Acesso Ilimitado, o Google pedirá para você contar um pouco sobre os seus gostos musicais e artistas favoritos:

Você então verá duas novas opções na interface: em vez de “Mixes Instantâneos” e “Comprar” (que leva você à loja de MP3), temos os links “Rádio” e “Explorar”.

Na Rádio, o Play Música vai recomendar playlists automáticas baseadas em artistas que você gosta. Você também terá estações por gênero, como Rock, Música Brasileira ou Dance.

Em Explorar, você verá as playlists, álbuns e músicas mais populares no serviço. Também há uma aba com os lançamentos mais recentes, e outra com recomendações de álbuns para ouvir baseadas nos seus gostos.

Você também pode navegar livremente pelos álbuns e criar playlists.

Claro, tudo isso também funciona no smartphone ou tablet, e suas playlists são sincronizadas.

No Android e iOS, é possível guardar músicas para reproduzir offline (o que não está disponível no computador). Para playlists, é fácil: basta abrir uma delas e tocar na setinha para baixo.

Para músicas soltas ou álbuns, o processo não é muito intuitivo. Primeiro, toque no botão “…” e depois em “Adic. a Minha Biblioteca”. A música aparece na seção “Minha biblioteca”; toque no botão “…” e depois em “Fazer o download” (ou toque na música e depois na seta para baixo).

Guarde músicas na nuvem de graça

O Google Play Música é um serviço três em um. Além do streaming, ele oferece espaço para você guardar até 20.000 músicas na nuvem, e vende faixas e álbuns separadamente.

Você pode enviar suas músicas para ouvi-las em qualquer lugar através do Android, iOS e web. Mas antes, é preciso adicionar um número de cartão “para confirmar seu país de residência”. Explicamos todo o procedimento neste link.

Antes de enviar suas músicas, o Google usa o Scan and Match para detectar se elas já estão no catálogo próprio. Se for o caso, ela é apenas acrescentada à sua conta, sem fazer o envio, e os royalties são pagos à gravadora quando você ouvir a música. Caso contrário, é feito o upload. O Google diz que a responsabilidade das músicas enviadas é do usuário.

Só é possível enviar música através do Chrome ou de programas para Windows, Mac e Linux. Os apps para iOS e Android não têm suporte a isso; o Google diz que isso é uma limitação técnica, não jurídica.

Também é possível comprar álbuns e músicas na loja, que custam a partir de R$ 0,49. Em média, as faixas custam R$ 2 e os discos, R$ 20.

Espera

Por que o Google esperou para liberar o streaming no Brasil para todos? Ady Harley, diretor de parcerias musicais para a América Latina do Google, explica ao Gizmodo Brasil que eles queriam antes oferecer outros meios de pagamento além do cartão de crédito internacional, que apenas 10% dos brasileiros usam. Este mês, a Play Store passou a aceitar cartões de crédito nacionais e vales-presente comprados em supermercados e outros pontos do varejo.

O streaming foi oferecido inicialmente para clientes da Samsung. Harley explica que a parceria com a Samsung começou como uma ideia em conjunto, porque ambas são muito próximas “pelo tamanho e importância no mercado”. Por isso, eles resolveram lançar o streaming primeiro com “um parceiro de longa data”.

O Google prometia lançar um serviço de música no Brasil desde 2012. Por que a demora? Harley diz que, além dos outros métodos de pagamento, precisava de um catálogo local mais forte. Ele afirma que, segundo a ABMI (Associação Brasileira da Música Independente), entre 60% e 70% do consumo de música no país é de conteúdo brasileiro. (Há poucos anos, ela representava “pouco mais de 70%” do consumo total.) E negociar com as gravadoras e sociedades de gestão coletiva leva tempo.

Opção gratuita?

Por que não oferecer uma opção gratuita, como faz o Spotify? Harley diz que é uma questão de estratégia. Ele nota que há o teste gratuito de 30/60 dias, e isso “é o suficiente para saber se o usuário deve entrar na versão paga”.

Para ele, os consumidores estão entendendo o valor de um serviço de música. Ele cita as mesmas estatísticas que o Spotify mencionou na semana passada: nos EUA, um consumidor médio gasta US$ 55 por ano em música; mas a assinatura anual do serviço é de US$ 120, e as pessoas – incluindo jovens – pagam.

Para Harley, “um serviço pago é sustentável”. E ele lembra que o Google já oferece música gratuita no YouTube.

E o YouTube Music Key?

E o YouTube Music Key, que estará disponível em fase beta a partir desta semana? Harley diz que o Google não tem nada a anunciar sobre isso no Brasil. O serviço permitirá ouvir música no YouTube sem anúncios, mesmo com a tela do smartphone bloqueada, e deixará o usuário guardar algumas delas offline.

O Music Key incluirá uma assinatura do Play Música Acesso Ilimitado, então é meio que um serviço dois em um. Nesta fase beta, usuários só poderão entrar no serviço através de convite. Ele estará disponível inicialmente apenas nos EUA e em seis países europeus. Os seis primeiros meses serão gratuitos; depois, ele custará promocionalmente US$ 8 mensais (depois US$ 10).

Foto por Lori Greig/Flickr; atualizado em 18/11

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