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Google pode mudar o Google.com e melhorar o uso da internet

É pouco provável que você use uma página inicial na internet. Você abre uma nova aba ou janela e encontra seus apps do Chrome, ou favoritos do Safari, ou seja lá o que o Firefox está fazendo agora. E se você tem uma, provavelmente é um portal de notícias como UOL, G1, ou uma página […]

É pouco provável que você use uma página inicial na internet. Você abre uma nova aba ou janela e encontra seus apps do Chrome, ou favoritos do Safari, ou seja lá o que o Firefox está fazendo agora. E se você tem uma, provavelmente é um portal de notícias como UOL, G1, ou uma página de buscas como Google ou Bing. Mas e se a web encontrar uma forma das páginas iniciais voltarem a ser úteis?

De acordo com o GoogleSystem, o Google liberou um código que sugere uma versão do Google Now para a web. Não apenas para a web, mas para a página de buscas do Google – basicamente o site mais frequentado e icônico da internet no planeta. E isso vai ser sensacional.

O Google Now talvez seja o sistema de convergência mais poderoso que o Google já criou. É a síntese do futuro das tomadas de decisões que Mountain View nos prometeu em troca de pilhas de dados pessoais, muitas vezes sensíveis, sobre nossas vidas. Com acesso ao seu calendário, e-mail, histórico de busca e localização, o Google Now combina seus interesses, eventos do dia, tarefas diárias, agenda de voos e informações básicas como o tempo, tudo automaticamente, sem que você precise fuçar e personalizar a forma como isso é apresentado. Abra-o no seu smartphone e você poderá ver a previsão do tempo, resultado de jogos, a que horas o próximo ônibus que passa perto da sua casa vai sair. Se você perder o horário do ônibus, um card mostra uma sugestão de restaurante que você buscou para entrar e esperar o ônibus seguinte. É bastante conveniente, e não há nada parecido na web.

Todas essas coisas podem ser facilmente encontradas online, é claro. E muitos de nós criamos alertas e lembretes e fluxos de informações para nunca perder nada disso. Mas não é este o ponto. O ponto é a onipresença e onipotência. O Google Now na página inicial do Google seria seu pequeno HUD, customizado e preparado para você, no seu próprio computador ou em qualquer lugar que você entre com a sua conta do Google. Seria fácil de acessar, multiplataforma (um hobby do Google atualmente), de forma que você não precisaria fazer nada. Apenas se logar. Usar suas coisas. E quando você quiser uma visualização rápida do que acontece com a sua vida, abra o Google.com. Não teria motivo para você pegar seu smartphone para isso se estiver sentado na mesa do computador.


O código descoberto por Florian

O Google já tentou isso antes, claro. O iGoogle foi um antecessor do Google Now, sem os recursos automatizados e informações de localização e, sinceramente, sem um design competente. Era feio e pouco usado e será fechado sem deixar saudade no dia 1 de novembro deste ano (a versão móvel foi encerrada em julho do ano passado, o que coincidiu com o surgimento do Google Now). Mas o poder do Now está no fato de não ser um aglomerado de diferentes serviços; ele é simples, fácil. Ele funciona. E, para muita gente, especialmente aqueles que não têm smartphones, e para aqueles cujo navegador, ou o próprio Google, representa toda a internet, é poderosíssimo.

Sempre há reclamações contra qualquer invasão na página inicial antigamente limpa do Google, incluindo a agora onipresente barra de navegação, e, mais recentemente, a inclusão de aniversários do Google+. Muito do que é criticado é porque essas coisas são implementadas sem dar a opção dos usuários tirarem. Algumas pessoas tem uma ligação sentimental muito forte com o pedaço limpo de papel branco que é a porta de entrada do Google. Estas pessoas não ficariam nem um pouco felizes com as mudanças, mas quem se importa? As alternativas não são muito diferentes do que seria uma página de busca com o Google Now integrado – o Bing tem tanta coisa quanto teria o Google Now.

Então faça o Google.com ser útil para as pessoas que quiserem entrar nele. Não é certeza que o Google fará isso – o código escondido em uma página não é uma promessa de implementação – mas há muitos motivos para achar que isso funcionará. E que será espetacular.

 

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