Google quer derrubar H.264, e agora tem mais 16 parceiros para fazer isto

Se você se frustra em ter que usar o Flash para ver vídeos, deve estar torcendo para que o HTML5 vire logo um padrão usado por muitos. O problema é que, no HTML5, há uma guerra de codecs de vídeo: o H.264, codec proprietário, e o WebM, codec de código aberto e promovido pelo Google […]

Se você se frustra em ter que usar o Flash para ver vídeos, deve estar torcendo para que o HTML5 vire logo um padrão usado por muitos. O problema é que, no HTML5, há uma guerra de codecs de vídeo: o H.264, codec proprietário, e o WebM, codec de código aberto e promovido pelo Google e Mozilla. Bem, hoje o WebM ganhou uma liga de 17 empresas, incluindo LG, Samsung, AMD (além do Google e Mozilla). Quem vai ganhar esta briga?

O WebM na verdade já conta com o apoio de mais de 40 parceiros desde que foi lançado, em maio do ano passado, e já é suportado pelos grandes navegadores (exceto o Safari, da Apple). Mas o WebM pode infringir patentes usadas no próprio H.264. Como resolver este problema sem que outras empresas tenham que gastar dinheiro com licenças de patentes?

A solução é a WebM Community Cross-License (CCL), anunciada hoje com 17 parceiros: juntaram-se várias empresas que permitem o uso, entre elas, de suas patentes que cobrem a tecnologia WebM. Se uma das empresas no CCL precisar de uma patente para usar a tecnologia WebM em seu dispositivo/processador/navegador e outra empresa no grupo a tiver, elas fazem um acordo. Só quem está na CCL pode fazer esse tipo de negociação, e assim eles evitam depender da MPEG-LA, que licencia o H.264.

O Google está apoiando forte o WebM, abandonando o suporte a H.264 no Chrome e convertendo para WebM os vídeos no YouTube responsáveis por 99% das visualizações. A Mozilla também apoia o formato e não dá suporte a H.264 no Firefox. Apesar de o H.264 estar livre de royalties para sempre, o suporte ao codec em câmeras, streaming e navegadores ainda é pago.

Tudo isso é uma briga pelo futuro do vídeo na web. Se você assiste a vídeos em Flash, nada muda para você. Mas se você já usa as versões em HTML5 de sites de vídeo – como o Vimeo e o próprio YouTube – então esta é uma briga que você vai querer acompanhar de perto. [WebM Project via Engadget]

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