Google vai permitir que usuário de Android esconda ID usado para mostrar propagandas

Quando um usuário optar por deixar de receber anúncios personalizados, o ID daquele aparelho passará a aparecer como uma sequência de zeros.
Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo
Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo

O Google vai deixar um pouco mais difícil a vida de aplicativos que rastreiam usuários do Android para mostrar anúncios personalizados. De acordo com um e-mail enviado para desenvolvedores cadastrados na Play Store, quando um usuário optar por deixar de receber esse tipo de propaganda, o identificador único daquele aparelho passará a aparecer como uma sequência de zeros.

A mudança — noticiada pelo Financial Times e repercutida pelo Verge — deve acontecer em perto do fim de 2021, com a chegada do Android 12. Nos aparelhos com Google Play e versões anteriores do sistema operacional, a medida passará a valer em algum momento de 2022.

A opção para parar de receber anúncios personalizados já existe e pode ser encontrada em Configurações > Google > Anúncios, mas, aparentemente, ela não impede que desenvolvedores vejam o número de identificação do seu aparelho (há também uma opção para redefinir esse número).

Alguns apps usam esse identificador para fins não-publicitários, como prevenção de fraudes e ferramentas de análise. Nesses casos, segundo o site AdExchange, o Google promete providenciar uma “solução alternativa” no mês que vem.

Copia mas não faz igual

Se você acha que já leu em algum lugar sobre ocultar um identificador de propaganda para desenvolvedores, não está errado. A Apple fez a mesma coisa com o iOS 14.5: agora, os aplicativos só têm acesso ao identificador caso o usuário permita o rastreamento.

E essa não foi a única medida de privacidade da Apple que parece ter inspirado o Google: a empresa por trás do Android também passou a exibir de maneira simplificada na Play Store quais dados um aplicativo coleta, uma medida semelhante às “tabelas nutricionais” que a criadora do iPhone adotou na App Store.

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Nessa mudança futura, porém, há uma diferença fundamental entre as duas empresas, como observa o Verge: enquanto o rastreamento no sistema da Apple é “opt in”, em que o usuário precisa optar por ser monitorado, no do Google, ele é “opt out”, isto é, o usuário precisa informar que não deseja mais compartilhar sua identificação.

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