Google vai remover preenchimento automático de buscas sobre candidatos dos EUA

Com a eleição presidencial dos EUA se aproximando, o Google vai deixar de exibir sugestões de preenchimento automático que “podem ser interpretadas como afirmações a favor ou contra qualquer candidato ou partido político”, disse a empresa em seu blog na quinta-feira (10). Embora ainda seja possível pesquisar qualquer coisa, frases sobre o processo eleitoral ou […]
Imagem: Kenzo Tribouillard/Getty Images

Com a eleição presidencial dos EUA se aproximando, o Google vai deixar de exibir sugestões de preenchimento automático que “podem ser interpretadas como afirmações a favor ou contra qualquer candidato ou partido político”, disse a empresa em seu blog na quinta-feira (10).

Embora ainda seja possível pesquisar qualquer coisa, frases sobre o processo eleitoral ou candidatos e partidos específicos não serão mais preenchidas automaticamente. Isso inclui qualquer informação sobre métodos de votação, requisitos ou se um local de votação está ou não aberto.

Por exemplo, o Google disse que vai remover previsões de frases como “você pode votar por telefone” e “você não pode votar por telefone”, bem como as que sugerem que os usuários doem a um partido ou candidato.

Esta atualização de política deixará a grande maioria das sugestões de preenchimento automático do Google “completamente intocadas”, de acordo com Pandu Nayak, chefe da equipe de qualidade de pesquisa da empresa e um dos vários chefes da empresa que participaram de um evento online para a imprensa.

David Graff, diretor sênior de políticas e padrões globais do Google, explicou que a mudança é uma extensão dos padrões existentes do Google e disse que ela não chega a ser “uma política ou abordagem filosófica completamente nova”.

“Queremos ter muito cuidado com o tipo de informação que destacamos no recurso de busca, dada a sua proeminência. Como há muita preocupação em torno das eleições e das informações eleitorais, queremos ser particularmente cuidadosos aqui”, disse ele.

Graff acrescentou que, com as eleições acontecendo em meio à pandemia de COVID-19, é provável que muitas pessoas procurem orientação online sobre como e onde votar, o que torna o acesso a informações confiáveis ​​e imparciais mais crítico do que nunca.

O Google também anunciou o desenvolvimento de seu “Intelligence Desk”, uma equipe global de analistas encarregada de monitorar as notícias 24 horas por dia, 7 dias por semana e sinalizar campanhas de desinformação.

A empresa também vai estender seus rótulos de checagem de fatos para as imagens (anteriormente eles só apareciam nas pesquisas e na aba de notícias), bem como atualizar seus programas de segurança para detectar melhor o vandalismo em páginas da Wikipedia e evitar que informações imprecisas apareçam nos painéis de busca.

A atualização da política do Google ocorre em um momento em que vários gigantes da tecnologia e plataformas de mídia social estão lutando para conter a desinformação on-line, à medida que teorias de conspiração surgem e viralizam praticamente todos os dias.

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