Gov.br terá sistema de segurança que usa tecnologia quântica

Plataforma de assinaturas do governo federal terá criptografia pós-quântica em 2025
Imagem: Unsplash/Reprodução

Ainda neste ano, o governo do Brasil passará a usar computação pós-quântica nas assinaturas digitais da plataforma Gov.br. Em entrevista ao portal Convergência Digital, Roberto Gallo, CEO da multinacional de segurança da informação Kryptus, confirmou que a tecnologia será adotada pela plataforma. Ele disse que “a proposta é dar segurança efetiva aos dados dos brasileiros”.

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Segundo ele, a chegada da computação pós-quântica e da computação quântica, estimada para ser comercial a partir de 2029/2030, deve mudar tudo o que se sabe sobre criptografia. Mas, o que é a computação pós-quântica?

Especialistas estimam que, daqui a uma década, já haverá um computador quântico poderoso o suficiente para quebrar os algoritmos criptográficos RSA e ECC atuais. Sendo assim, isso exigiria uma melhora da segurança cibernética.

Enquanto um computador clássico opera com código binário, os computadores quânticos codificam os dados em qubits. Ou seja, uma superposição de todos os pontos entre zero e um. Dessa forma, a mecânica quântica permite que um computador quântico realize cálculos muito mais rapidamente do que um aparelho tradicional.

Tal evolução pode ser benéfica em diversos setores, ajudando na análise para a criação de novos medicamentos; na otimização de fábricas e cadeias de suprimentos globais; e até a identificar padrões de fraude em transações financeiras.

Por outro lado, também pode ameaçar os sistemas de criptografia atuais, como a PKI (infraestrutura de chave pública). Isso porque esses computadores serão capazes de decifrar os métodos de criptografia padrão, que protegem dados confidenciais contra roubo e fraude.

Criptografia pós-quântica

Por essa razão, a criptografia pós-quântica visa substituir o hardware ou software dos sistemas criptográfico atuais, a fim de proteger dados contra ataques quânticos. Pois algoritmos dependem de equações consideradas muito difícil até mesmo para computadores quânticos.

Uma estimativa da McKinsey afirma que 5 mil computadores quânticos devem estar operacionais até 2030. Entretanto, muitos acreditam que o hardware e software necessários para lidar com problemas mais complexos não devem estar disponíveis antes de 2035.

Com isso, a transição para métodos de criptografia quântica ainda pode levar algum tempo, e empresas que não se prepararem podem enfrentar problemas no futuro. Portanto, companhias o Google e a IBM já estão trabalhando contra ataques de computadores quânticos.

Com informações de Entrust e Época Negócios.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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