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Grande Colisor de Hádrons é tão sensível que é afetado pela Lua

O Grande Colisor de Hádrons representa um avanço enorme na ciência e na engenharia. Só que o LHC é literalmente enorme, o que o deixa sensível até mesmo a forças do espaço: a atração gravitacional da Lua afeta o funcionamento do colisor. Pauline Gagnon, física de partículas no CERN, explica que a mudança das forças […]

O Grande Colisor de Hádrons representa um avanço enorme na ciência e na engenharia. Só que o LHC é literalmente enorme, o que o deixa sensível até mesmo a forças do espaço: a atração gravitacional da Lua afeta o funcionamento do colisor.

Pauline Gagnon, física de partículas no CERN, explica que a mudança das forças gravitacionais exercidas pela Lua – o que também cria as marés – causam pequenos deslocamentos na posição do hardware dentro do colisor.

Como o túnel do LHC se estende por quase 27km, estes pequenos deslocamentos se amplificam, então o LHC acaba se desregulando um pouco, e os feixes de prótons começam a errar o caminho. Por isso, de tempos em tempos, os operadores precisam ajustar o alinhamento do feixe no LHC para compensar estas mudanças.

Na verdade, a atração gravitacional da Lua não é o único fenômeno natural que afeta o LHC: o nível de água no lago Léman, próximo ao colisor, causa pequenas deformações no túnel devido à pressão hidrostática. Mas convenhamos: saber de tudo isto só deixa o LHC ainda mais impressionante. [Quantum Diaries via Ars Technica]

Foto por Image Editor/Flickr

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