Novos resultados da sonda Juno mostram estranheza da Grande Mancha Vermelha de Júpiter

Você provavelmente deve saber sobre a Grande Mancha Vermelha de Júpiter. A violenta tempestade é a característica mais notável do planeta, definindo Júpiter da mesma maneira que Saturno é definido por seus anéis e que a Terra é definida pelo seu azul. Existe tanto ainda a se aprender sobre esse gigante de gás, e nós […]

Você provavelmente deve saber sobre a Grande Mancha Vermelha de Júpiter. A violenta tempestade é a característica mais notável do planeta, definindo Júpiter da mesma maneira que Saturno é definido por seus anéis e que a Terra é definida pelo seu azul.

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Existe tanto ainda a se aprender sobre esse gigante de gás, e nós temos as ferramentas para fazê-lo. Novos resultados trazidos pela sonda Juno revelaram dados sobre a profundidade, a temperatura e evolução da mancha.

E ela é espessa.

A Grande Mancha Vermelha é uma tempestade em redemoinho com velocidades de vento de 270 a 685 quilômetros por hora. Ela é mais larga que o diâmetro da Terra. Porém, os novos resultados da Juno acrescentaram que ela provavelmente tem 320 quilômetros de profundidade também — dez a 100 vezes mais espessa que a crosta da Terra. Cientistas anunciaram esses novos resultados no encontro da American Geophysical Union em Nova Orleans, nesta segunda-feira (11).

Imagem: NASA / SwRI / MSSS / Gerald Eichstädt / Seán Doran

Além disso, a mancha está definitivamente encolhendo, de acordo com um comunicado de imprensa da NASA. As novas medições indicam que a tempestade encolheu um terço em largura e um oitavo em altura desde 1979.

A Juno chegou a Júpiter em 4 de julho de 2016, depois de deixar a Terra em 2011. Ela passou por cima da Grande Mancha Vermelha pela primeira vez no último verão do hemisfério norte. A sonda contém um conjunto de ferramentas, e as revelações mais recentes vieram de seu Radiômetro de Microondas — um dispositivo feito especificamente para observar profundamente dentro da atmosfera do planeta. O objetivo final do instrumento é entender a misteriosa natureza da atmosfera do planeta abaixo das nuvens.

As coisas não têm sido perfeitas para a sonda — um defeito em outubro causou um contratempo que evitou que a nave espacial reduzisse seu período orbital. Os cientistas, ainda assim, conseguiram publicar um monte de pesquisas sobre o planeta, incluindo aproximadamente 50 artigos em maio detalhando o quão estranho o planeta é.

A ciência continua fluindo hoje. Pesquisadores na conferência da American Geophysical Union estão discutindo comparações entre as auroras de Júpiter e da Terra, além de medições do campo gravitacional do planeta para entender sua estrutura interna e análises de sua magnetosfera.

E se você ainda precisa de sua dose de Júpiter depois de todo esse trabalho científico, tem sempre a opção de observar as imagens da JunoCam também.

[NASA]

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