Gripe aviária no Brasil: é seguro comer ovos e frango?

Após 1º caso confirmado de gripe aviária no país, países suspendem compra de frango brasileiro; é seguro comer?

Na última sexta-feira (16), foi detectado o primeiro caso de gripe aviária no Brasil, em uma granja comercial em Montenegro, no Rio Grande do Sul. Devido à doença, países como a China, Japão e Argentina suspenderam a compra de frango do Brasil. Então, será que é seguro continuar consumindo o alimento ou seus ovos?

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De acordo com o Ministério de Agricultura do Brasil e a OMS (Organização Mundial da Saúde), sim. Ambas as organizações afirmam que não há risco de contrair gripe aviária por consumir carne de frango ou ovos cozidos – ou registros de transmissão por alimentos.

No caso dos ovos, por exemplo, segundo um estudo publicado no American Journal of Infection Control, a casca serve como uma boa barreira contra o vírus. Embora ele possa estar presente na superfície por até três ou quatro dias após a infecção, não há evidências de transmissão vertical – da ave para o ovo – ou de infecção humana por ovos ou carne de aves devidamente preparados, cozidos ou congelados.

Isso porque o vírus Influenza A, em especial o subtipo H5N1, não resiste ao calor. Sendo assim, o processo de cozimento elimina o vírus, tornando frango e ovos alimentos seguros. Vale lembrar que é importante realizar o processo de forma correta, cozinhando a pelo menos 74º C e lavando as mãos e utensílios ao manipular alimentos crus e após cozinhar.

>>> Leia mais: Afinal, pode ou não pode lavar o frango antes de cozinhar

Mas então, como se dá a transmissão de gripe aviária?

De acordo com autoridades sanitárias e especialistas, a transmissão da gripe aviária para humanos ocorre em situações de contato direto com aves contaminadas. Ou seja, as secreções das aves (saliva, muco e fezes) ou ambientes contaminados, como granjas.

Por isso, o risco de infecção é maior para as pessoas que lidam diretamente com aves ou carcaças contaminadas, como criadores, veterinários, entre outros. Contudo, a utilização de equipamentos de proteção individual de forma correta auxilia na proteção dos profissionais.

A transmissão entre humanos é rara, mas pode ser grave, com sintomas respiratórios e hemorragias – entre as aves, a mortalidade é alta. Devido ao baixo risco de contaminação humana, as vacinas dependem da situação epidemiológica, mas não substituem medidas de controle sanitário.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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