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O guia completo para comprar e identificar SSD

O drive de estado sólido, ou SSD, já não é mais um luxo. Então, fizemos um guia explicando as diferenças e o que você deve considerar antes de comprar.

Memória Optane, da Intel

Alex Cranz/Gizmodo

O drive de estado sólido ou SSD evoluiu de um luxo caro e disponível apenas para o usuário profissional para um problema comum a qualquer pessoa que esteja usando um laptop. Ao mesmo tempo, muitos outros padrões e tecnologias se desenvolveram em torno dos SSDs, o que significa que escolher um não é tão simples como era antes – mas vamos atualizar você até aqui.

Antes de entrarmos nos SSDs do mercado atual, vale a pena recapitular sua história recente. Eles surgiram como substitutos superiores, embora mais caros, dos discos rígidos ou HDDs (Hard Disk Drivers) tradicionais – sem partes móveis, os SSDs representaram um salto em termos de velocidade de leitura e gravação, além de confiabilidade.

Essas unidades de última geração sempre foram muito menores do que os equivalentes de HDD então era apenas o preço que estava impedindo os SSDs de serem mais amplamente adotados. Com o passar dos anos, esses preços caíram para um nível em que um SSD agora vale o investimento para a maioria dos sistemas, mesmo que um HDD ainda represente uma opção mais barata na relação por gigabyte se você for fazer a conta.

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O último MacBook a ter uma unidade de disco rígido tradicional foi lançado em 2012 e agora até os laptops econômicos geralmente adotam a mais rápida tecnologia SSD. O HDD permanece popular nos computadores de mesa mais baratos do mercado, onde a acessibilidade importa mais que o desempenho (e onde há mais espaço para acomodá-los), mas o SSD continua a crescer na maioria das faixas de preço.

Um SSD tradicional de 2,5 polegadas com um conector SATA. Crédito: Samsung

No nível técnico, a diferença está no uso de chips semicondutores em vez de mídia magnética como armazenamento – os SSDs são semelhantes aos cartões de memória RAM, a diferença sendo que os dados deles são mantidos mesmo depois da eletricidade ser cortada. As cargas elétricas passam pelas grades, em vez de cabeças de leitura/gravação se moverem através de discos magnéticos, acelerando o processo de extrair os dados do disco e depois gravá-los novamente.

A tecnologia SSD não é perfeita – as unidades têm uma vida útil finita, pois cada operação de leitura ou gravação as desgasta muito levemente, mas é provável que essa vida útil seja mais longa do que o tempo que você leve para trocar de computador (dependendo da freqüência você está acessando a unidade, é claro).

Nos últimos anos, a tecnologia SSD evoluiu novamente. Quando apareceu pela primeira vez para o consumidor final, as unidades SSD usavam cabos e conectores SATA (Serial AT Attachment) ou USB, se fossem externos — essa era simplesmente a melhor e mais rápida maneira de conectar a uma placa-mãe quando as unidades SSD começaram a se tornar populares, a mesma utilizada por unidades HDD. O melhor padrão SATA no momento, o SATA 3.3, consegue transferir dados a 600 MB/s.

Entendendo os diferentes tipos de SSD

Se você está procurando um SSD para comprar no momento, é mais provável que veja termos como M.2, PCIe e NVMe, que se referem a diferentes tipos de tecnologia e interfaces. Vamos começar com o NVMe (Non-Volatile Memory Express), que oferece um novo padrão para mover dados entre um SSD e um computador, que não tem um gargalo de velocidade como o SATA (ou para ser mais técnico como o SATA AHCI faz).

Um SSD NVMe mais recente, com um conector M.2. Crédito: Western Digital

NVMe usa a tecnologia PCI Express (PCIe) para interagir com o processador dentro do seu computador, como uma placa de vídeo, e os benefícios da interface são a velocidade: capaz de atingir taxas de transferência de 3.500 MB/s, uma melhoria acentuada. Também exige menos demanda do processador dentro de um computador do que as unidades SSD mais antigas que usam SATA (AHCI).

Agora, para ficar claro, seu computador não ficará subitamente seis vezes mais rápido e nem todas as unidades NVMe atingem esse limite superior… mas você deve conseguir melhorias visíveis na velocidade ao transferir grandes quantidades de dados e carregar aplicativos grandes (como, por exemplo, o sistema operacional).

Como aconteceu quando os SSDs surgiram pela primeira vez, o maior obstáculo à adoção generalizada do NVMe no momento é o custo – se você possui uma placa-mãe mais antiga e tem um orçamento mais apertado, um SSD SATA ainda pode ser o caminho a seguir. Se você está interessado puramente no desempenho, agora é a hora de mudar para o NVMe.

No entanto, o NVMe não determina completamente o fator de forma (a forma física e o tipo de conector) de uma unidade SSD, e é aí que o M.2 entra (o M.2 pode operar tanto por SATA quanto por PCIe, embora o último seja muito mais comum). O NVMe e o M.2 costumam ser usados ​​de forma intercambiável, porque geralmente estão presentes no mesmo SSD, mas você precisa de ambos em uma unidade (e de uma placa-mãe que suporte ambos) para obter o melhor desempenho.

Sua placa-mãe determina os SSDs que você pode usar. Crédito: Western Digital

Em outras palavras, o M.2 determina a forma física de um SSD e as várias opções (principalmente o NVMe) pelas quais os dados sejam transmitidos de e para ele. Os SSDs M.2 são finos e pequenos, como uma memória RAM, projetados para caber em laptops com pouco espaço, e substituíram essencialmente o fator de forma padrão do disco de 2,5 polegadas, que costumava ser comum quando os SSDs costumavam ocupar o espaço de um disco rígido HDD dentro do gabinete de um computador de mesa. É um pouco mais complicado do que isso tecnicamente, mas se você estiver construindo ou atualizando um computador, é um bom jeito de pensar a respeito.

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Portanto, o NVMe é a forma como o SSD se comunica com o resto do sistema, e M.2 é a forma física e o tipo de conector pelo qual a comunicação ocorre. Compre um SSD hoje e os dois estão quase inexoravelmente ligados, embora ajude saber a diferença se você estiver atualizando um sistema mais antigo ou escolhendo uma placa-mãe para construir um PC a partir do zero.

Uma unidade Intel Optane no formato m2, que também oferece suporte ao NVMe. Crédito: Alex Cranz/Gizmodo

Se você deseja o melhor dos melhores em termos de SSDs, procure o NVMe em algum formato, seja em uma placa de expansão padrão que conecte como uma placa de vídeo ou um stick M.2 – os MacBook Pros usam SSDs NVMe (e M.2) há vários anos, por exemplo. Para atualizar um sistema antigo ou reduzir os custos, os SSDs SATA de 2,5 polegadas ainda estão por aí.

Porém nada continua igual para sempre em tecnologia, pois os preços flutuam, os fabricantes tomam decisões diferentes e os padrões melhoram. Intel Optane é outra tecnologia para ficar de olho, que basicamente atualiza a memória flash nas unidades SSD e utiliza modelo M.2 para melhorar ainda mais os tempos de acesso ao disco – mas, assim como o SSD no começo, os preços podem ser bem altos.

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