[Hands-on] Motorola FlipOut, o Cubo com Android

Depois de revelá-lo ao mundo, finalmente tivemos um tempo cara a cara com o aguardado e quadrado Motorola FlipOut. Por um lado, ele é o smartphone com Android com mais funcionalidades que já vimos, com um belo verniz do novo (e agora útil) Motoblur por cima da versão 2.1 do sistema googliano. Por outro, ele tem tela pequena de resolução ruim, câmera meia boca e - por isso mesmo - é relativamente mais barato (não tanto quanto gostaríamos). O que ele quer ser? O seu primeiro Android? Um smartphone para essa galera descolada Uhúú? Ou um celular com cara de barato, mas caro? Veja se ele é para você:

Depois de revelá-lo ao mundo, finalmente tivemos um tempo cara a cara com o aguardado e quadrado Motorola FlipOut. Por um lado, ele é o smartphone com Android com mais funcionalidades que já vimos, com um belo verniz do novo (e agora útil) Motoblur por cima da versão 2.1 do sistema googliano. Por outro, ele tem tela pequena de resolução ruim, câmera meia boca e – por isso mesmo – é relativamente mais barato (não tanto quanto gostaríamos). O que ele quer ser? O seu primeiro Android? Um smartphone para essa galera descolada Uhúú? Ou um celular com cara de barato, mas caro? Veja se ele é para você:

O FlipOut é inacreditavelmente pequeno, relativamente barato em relação a outros aparelhos com tantas funcionalidades, mas não tanto quanto desejávamos: R$ 999, desbloqueado – provavelmente virá mais barato mesmo no pré-pago nas operadoras. Não há exclusividade, e ele deve começar a aparecer nas lojas em 10 dias e estará em todas as operadoras até o fim de julho. Ele aparentemente será vendido como o aparelho para pessoas "conectadas": é todo ligado em redes sociais, com a nova versão do Motoblur e algumas melhorias do Android 2.1, o mesmo do Milestone, o aparelho top de linha da Motorola. 

E esse formato esquisitão, vai vingar? Pelo que os executivos da marca falaram hoje, ele aparentemente é ok para a maioria das pessoas, pelo sucesso do MotoCubo e o gosto pelo touch. Essa é a primeira barreira a ser vencida. Se o formato está ok e o preço (lembrando que será menor em planos de operadoras) também, vamos ao FlipOut em si, nessas primeiras duas horas que brincamos com ele.

 

Hardware

O FlipOut é pequeno. Muito pequeno, fechado, e menos gordo do que imaginei. Frente a seus concorrentes diretos (o próprio Moto Quench e o X10 Mini), ficamos assim:

A construção é razoavelmente sólida, com 3 opções de cores de capas: laranja-hipster, vinho bubaloo e preto. O teclado físico é bem bom, melhor para digitar que o do Milestone, até pela fileira adicional de números (não é preciso nenhum malabarismo para isso). A tela tem uma sensibilidade bem razoável, mas a definição realmente prejudica as coisas. Pelo espaço e o excesso de informação, aliada a algum material deficiente (LCD ruim, talvez?), é a pior tela em Android que vi, de longe.

Em resumo: meus primeiros minutos com o FlipOut foram: wow! Como ele é pequeno! Olha, o teclado é bom. (Abrindo um site) Meu Deus, que tela horrível! 

Quando eu digo que a tela é horrível, eu quero dizer que as coisas ficam pouco legíveis em vários sites, mesmo você dando um bocado de zoom. Não falta só tamanho, falta DPI. Olha o Giz:

Ah, tem a câmera de 3.1 MP, quando todos os celulares melhorezinhos vêm com uma de 5 MP. Noticiamos que a Kodak tinha alguma coisa a ver com ela, mas na verdade é só um software que "conserta" a imagem, basicamente colorindo mais as fotos ruins. Vai disso (a foto está em resolução cheia, clique para ver maior):

para isso:

 

Usando

Em termos de funcionalidades, é definitivamente o melhor Android no mercado. Ele vem de fábrica com algumas funções do Android 2.2, como "criar hotspot Wi-Fi" e um sensacional controlador de gastos de dados. O processador de 600 Mhz segura bem a onda, e cru como recebemos para testes, sem instalar nada, é definitivamente mais rápido que o meu Milestone. 

O MotoBlur tem diversos widgets diferentes, de um post-it virtual a um "o que está acontecendo" mais esperto, onde é possível filtrar o que você quer ver de updates do Twitter, Facebook e Orkut. Outra coisa legal: dá para redimensionar as janelinhas do widgets, algo fundamental dado o tamanho diminuto da tela. Aliás, há 7 delas para você povoar de ícones, contra 3 do Android 1.6. 

O Motoblur 1.5 tem um player de mídia bastante superior, assim como uma integração de contatos perfeita: a agenda busca desde fotos no Facebook até últimos tweets, e aniversário, vindo do Orkut. Basta colocar as senhas das redes sociais e ele se organiza bem. Mais ou menos como o Timescape da Sony Ericsson queria fazer, mas falha miseravelmente.

 

Em resumo

A primeira impressão é que o FlipOut é o celular mais prático que já vi, pelo tamanho e possibilidades do sistema operacional. Mas tem uma tela horrorosa e uma câmera medíocre, o que afastaria os usuários mais exigentes. É um belo upgrade de Stars, Cookies e Cubos, mas não dá para cravar que ele é melhor do que, por exemplo, o Quench, que é mais barato. O FlipOut deverá agradar aos mais jovens, os diretores da Motorola falaram o tanto que a molecada fica encantada com o aparelho. Se fosse um bocadinho mais barato seria um sucesso estrondoso pra todo mundo. Com a etiqueta que tem, não tenho como prever.

Ainda falaremos um bocado deste celular, mais detalhadamente, enquanto o testamos. O FlipOut é o 6° Android da Motorola lançado no Brasil e serão mais 6 até o fim do ano, garantiram hoje, um por mês, todos feitos no Brasil. Alguém faz alguma aposta do próximo?

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