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[Hands-on] iPad 2: ele é realmente diferente

Não é surpresa nenhum que o iPad 2 é mais leve. Mas mais do que isso, ele é qualitativamente diferente, pelo fato de ele voar baixo em qualquer situação que você imaginar. Quando eu cheguei perto da mesa que servia de suporte para vários iPads 2 em suas novas Smart Covers, eu acreditei mesmo que […]

Não é surpresa nenhum que o iPad 2 é mais leve. Mas mais do que isso, ele é qualitativamente diferente, pelo fato de ele voar baixo em qualquer situação que você imaginar.

Quando eu cheguei perto da mesa que servia de suporte para vários iPads 2 em suas novas Smart Covers, eu acreditei mesmo que eram apenas as capas que estavam sendo exibidas. Dizer que ele é fino não passa a mensagem correta. É meio assustador a ponto de ser mais fino do que o iPhone 4, e sem ter aquela cara de “pronto para quebrar” que a maioria dos produtos superfinos têm. Eu peguei o iPad 2 ainda coberto por uma capa Smart Cover bege (uma cor horrível, sem dúvidas). Se você for comprar uma dessas capas novas, não compre a cor bege, por favor.

Você tira a proteção da tela pedaço por pedaço, até dobrá-lo completamente para usá-lo como apoio para o iPad, que fica num bom formato para navegação, digitação ou visualização de vídeos e fotos. A capa é um origami! O jeito que ela se agarra ao iPad 2 como uma criança mimada, sendo arrancada com um puxão (nada muito forte) ou puxada pelo ímã quando chega perto do aparelho, tudo isso é muito bacana. Eu só coloquei as mãos na versão de plástico – há uma de couro – mas foi muito fácil recolocá-lo ao redor do iPad e navegar com uma só mão. Mas eu prefiro deixá-lo para cima, para poder digitar – e quando ele fica nessa posição ele dá uma deslizada incomum na primeira vez, o que faz você pensar que colocou tudo errado, mas ele acaba ficando na posição ideal para digitação.

Ele é absurdamente rápido – muito mais rápido que o modelo original. Isso fica mais claro quando um jogo é aberto, onde a atualização na parte gráfica mostra sua face. Eu joguei um joguinho de corrida, e aquele outro que envolve cortar frutas que todo mundo adora (eu acho chato), e a sensação é que ele quase previa meus movimentos. É uma sensação estranha, mas você meio que esquece quando está jogando, e na verdade está controlando tudo – é como assistir um vídeo real, brilhante e bonito que você controla com as mãos. Sem nenhuma engasgada visual ou sonora digna de menção.

Passear pelos aplicativos é muito veloz também. Na verdade, o único momento em que eu percebi algum tipo de lentidão foi ao abrir o iMovie, e depois ao abrir um projeto no app.

O iMovie é uma mão na roda se você já sabe usá-lo, como a Apple mostrou no evento. O que mais me chamou a atenção durante os minutos que brinquei nele foram as cores extremamente brilhantes – não que a resolução da tela tenha mudado, é só um atestado que o design original tem bons tons de brilho e claridade.

O alto-falante no canto esquerdo inferior é a evidência física de que o som deveria ser mais alto – mas tente usar o FaceTime num lugar barulhento ou deixar o volume no talo de um game qualquer. Deduzo que o melhor jeito de usar esse alto-falante em mono é num lugar quieto e vazio. Surpreendentemente, quando eu abri o FaceTime, já havia cinco conversações disponíveis para começar. Eu escolhei o número dois, que me conectou a um cidadão em Cupertino. Infelizmente eu não consegui ouvir nada que ele disse por causa do barulho na sala, mas deu para perceber que a imagem era muito clara. Talvez em luz natural a imagem fique melhor.

A câmera traseira filma em HD e também envia informação em HD usando o cabo HDMI anunciado. Carregar o app da câmera foi instantâneo, e ao usá-la pela sala e tirar algumas fotos rápidas, ficou óbvio que a maioria dos usuários irá adorar a adição fotográfica. Se você não estiver com um iPhone 4 ou qualquer aparelho menor em mãos, é claro.

É possível dizer que a Apple não reinventou a roda com o iPad 2, e que o papo de Steve Jobs de que 2011 será o ano do aparelho é só baboseira. Muitas pessoas continuam céticas sobre como, quando e por que elas usariam um tablet – inclusive eu – mas acredito que a Apple está chegando lá, ao mostrar às pessoas que um tablet pode ser uma experiência melhor e mais prática do que um laptop. É só ver o iMovie e o GarageBand, que é muito mais ideal para usuários que só querem editar um vídeozinho besta ou uma música qualquer do que a versão de OS X.

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