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[Hands-on] Moto E, um hardware muito bom a um preço baixo

Após se dar bem com os dois primeiros smartphones da linha Moto – o X, o mais humano dos Androids, e o G, a vitória do bom e barato – a Motorola ataca mais uma vez com um dispositivo que, ao menos no papel, tem hardware de qualidade e um preço atraente. O Moto E […]

Após se dar bem com os dois primeiros smartphones da linha Moto – o X, o mais humano dos Androids, e o G, a vitória do bom e barato – a Motorola ataca mais uma vez com um dispositivo que, ao menos no papel, tem hardware de qualidade e um preço atraente.

O Moto E foi anunciado nesta manhã em um evento em São Paulo, e tem uma missão ousada: ser o primeiro smartphone para quem está saindo do mundo dos featurephones. Ok, são muitos os aparelhos lançados com esse mesmo objetivo, mas no caso do Moto E, a ideia é não apenas oferecer acesso a internet e apps, e sim fazer isso com qualidade.

Para isso, ele pega emprestado o design que consagrou seus dois irmãos maiores. Há muita pouca diferença entre o Moto E e o Moto G – as mais notáveis são a tela menor (4,3 polegadas no E, enquanto o G tem 4,5) e dois speakers na parte frontal do dispositivo. Tirando isso, é até fácil confundir um Moto G com um Moto E – até as tampas traseiras coloridas estão presentes no E, e é tão difícil trocá-las como no G.

Tudo muda quando você liga o aparelho. O Moto E tem tela com resolução menor (540×960 pixels e 256 pixels por polegada) e processador mais modesto (Snapdragon 200 dual-core 1,2GHz). A diferença de desempenho é notável – não que o E seja lento, mas é consideravelmente menos rápido do que o G. Para o seu público-alvo, ele é mais veloz do que o suficiente, e ao comparar com outros Androids na mesma faixa de preço, é difícil encontrar um desempenho tão bom.

Leia mais: Por R$ 529, Moto E é o novo Android mais barato da Motorola

Como de costume na linha Moto, a Motorola pouco alterou o Android do E. Steve Sinclair, vice-presidente de marketing de produtos da Motorola, diz não ver a necessidade de colocar skins com vários recursos extras no Android, o que muitas vezes duplica o que já existe no sistema do Google. A Motorola prefere usar o Android puro por acreditar que ele já é um ótimo sistema, e não precisa ser reinventado.

Steve Sinclair, da Motorola, mostra a TV Digital do Moto E

Mas não significa que a Motorola não colocou nada a mais. Como nos seus dois smartphones anteriores, o E também tem um app de câmera simplificado, e conta com os apps Motorola Assist (para configurações rápidas do smartphone) e o Migração Motorola (para facilitar a transição de quem tem outro smartphone para o Moto E). A empresa preparou duas novidades: o Motorola Alert (para enviar alertas automáticos para outras pessoas quando você sai ou chega a algum lugar, por exemplo) e um para TV Digital.

Este último, aliás, é exclusivo para o Brasil. Estudos da Motorola dizem que nós, brasileiros, temos muito interesse em ter TV no smartphone. A Motorola não é a única a pensar isso – Sony, LG e Samsung também colocam TV em alguns dos seus smartphones – então talvez seja verdade. O fato é que um dos modelos que serão vendidos por aqui do Moto E acompanhará uma antena flexível para ser conectada na entrada de fone de ouvido e possibilitar a transmissão de TV digital. Você pode ouvir o som pelos dois speakers frontais do Moto E, ou então por um fone de ouvido, conectando-o em uma das extremidades da antena. A qualidade, em um primeiro momento, parece boa, perfeita para ver aquele jogo de futebol no ônibus enquanto está voltando para casa.

O Gizmodo Brasil está com uma unidade do Moto E para testes, e traremos um review mais aprofundado dentro de algum tempo. O que podemos dizer, até o momento, é que a Motorola parece seguir no caminho certo com a sua linha de dispositivos. Leia mais sobre o Moto E aqui.

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