[Hands-on] Sony HMZ-T3: esta TV no seu rosto parece o futuro, mas não é

Em 2011, a Sony aproveitou a feira IFA para lançar uma TV pessoal que você usa no rosto. Naquela época, ele nos deixou interessados pelo fator imersão. Hoje, a terceira geração do dispositivo – o HMZ-T3 – não empolga tanto. Por quê? Basicamente, por dois motivos: ele não é muito confortável, e não oferece a […]

Em 2011, a Sony aproveitou a feira IFA para lançar uma TV pessoal que você usa no rosto. Naquela época, ele nos deixou interessados pelo fator imersão. Hoje, a terceira geração do dispositivo – o HMZ-T3 – não empolga tanto. Por quê?

Basicamente, por dois motivos: ele não é muito confortável, e não oferece a imersão que eu esperava – e ainda é caro!

Funciona assim: primeiro, conecte os óculos à bateria, que fica separada e cabe no seu bolso. Depois, conecte o pack da bateria ao seu computador com Windows, PlayStation 3 ou smartphone. Ele tem entrada HDMI, então você pode usar um cabo tradicional ou MHL; também há suporte a conexão wireless HD de 60 GHz.

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Agora coloque os óculos no seu rosto. Mas falta o som: é necessário um fone de ouvido separado, que você coloca por cima dos óculos. Há suporte a surround 7.1, o que é bom, mas realmente o HMZ-T3 não é muito prático.

Há duas telas OLED com resolução HD dentro do dispositivo, e você verá uma imagem que, para mim, parecia uma TV de 40 polegadas a 2 m de distância. A Sony promete que você verá o equivalente a uma tela de 750 polegadas (!) a 20 m de distância (por que tão longe?).

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Ela não cobre toda a sua visão, e o pior: não impede a entrada de luz através das bordas – o mundo real está logo ali. Por isso, o HMZ-T3 peca na imersão.

E ele não se encaixa bem no rosto. Há uma reentrância na parte frontal onde você encaixa no nariz; uma tira que se prende atrás da cabeça; e outra que você encaixa na parte superior. Parece o bastante para deixá-lo firme, mas não foi o caso em nosso teste.

O apoio para o nariz é fixo, e não se adapta a tipos diferentes de rosto. O meu nariz é grande, mas o apoio era ainda maior! Além disso, ele não é exatamente leve: são 320 g, menos que o Oculus Rift mas ainda assim muito. Por isso, o HMZ-T3 “afundava” no nariz, e ficava difícil focar nas imagens 3D.

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Há dois controles na parte inferior para ajustar o foco de cada tela, mas não adiantou: precisei apoiá-lo na testa e apertar as tiras para ver bem as imagens. Você pode usá-lo com óculos de grau, o que é uma boa notícia. Mas, com ou sem eles, tive o mesmo problema de encaixe.

Quando o HMZ-T3 funciona, ele funciona bem. A qualidade de imagem é incrível, graças ao display OLED, e você esquece que está vendo conteúdo em 3D, porque tudo simplesmente funciona. Até ele se deslocar e você perder o foco, é claro.

Este “visualizador 3D pessoal” aprendeu com os erros da geração inicial: ficou mais leve separando a bateria, e aceita conexões sem fio. Mas isso não é o bastante quando você precisa pagar o equivalente a R$ 4.000 na Europa (R$ 4.650 no Reino Unido) para ter um desses.

O Sony HMZ-T3 será lançado na Europa e no Japão em outubro.

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O Gizmodo Brasil viajou para Berlim a convite da Philips.

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