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[Hands-on] Torturamos a Panasonic Lumix TS3

Nós aqui do Giz gostamos de jogar os gadgets no chão para tirar fotos (coisa que muita gente desgosta, aliás). E por isso ficamos bem felizes em poder testar a nova Panasonic Lumix TS3: jogamos a pobre no chão, gravamos filmes embaixo d’água (gelada), cobrimos com poeira e tudo. Afinal, ela gosta de apanhar – […]

Nós aqui do Giz gostamos de jogar os gadgets no chão para tirar fotos (coisa que muita gente desgosta, aliás). E por isso ficamos bem felizes em poder testar a nova Panasonic Lumix TS3: jogamos a pobre no chão, gravamos filmes embaixo d’água (gelada), cobrimos com poeira e tudo. Afinal, ela gosta de apanhar – ou foi feita para isso.

A TS3 foi lançada mundialmente esta semana para suceder  a TS2, favorita dos nossos amigos do Giz americano, que curtem esportes de radicais (é sério. O chefe Brian Lam é surfista e snowboarder) e, por consequência, gadgets que sobrevivam a condições extremas. A câmera é a prova d’água (apenas até 12 m, por causa da pressão), de quedas (até 2 metros), altas ou muito baixas temperaturas e a construção é tal que poeira ou areia não incomodam prejudicam o aparelho, que filma e tira fotos com uma lente LEICA de 28mm (zoom óptico de 4,6x), sobre um sensor CCD de 12.1 MP.

A câmera chega em maio no Brasil (ela será fabricada aqui) por R$ 1.999 e em março nos EUA a um preço ainda não definido. Por aqui, é mais ou menos o mesmo preço da antecessor, ainda à venda em algumas lojas online em cores engraçadas (que continuarão).

As principais vantagens que a TS3 tem em relação à TS2: os filmes agora podem ser em Full-HD ( 1080p) e há uma função interessante para criar fotos em 3D sem lente especial (mais sobre isso depois) e, para os aventureiros, há GPS para geotagging, bússola, altímetro (e medidor de profundidade) e barômetro. Com todas as informações na tela de 2,7’’, a coisa fica assim:

Como câmera em si, ela é bem decente, e obviamente melhor que qualquer celular que você arranjar para levar em aventuras. O  contraste, como é comum das melhores câmeras da Lumix, é muito bom, e a estabilização digital do sistema POWER OIS consegue alguns resultados incríveis com imagens que poderiam sair tremidas demais ou em vídeo. O fato de ela ser resistente a tudo permite alguns ângulos curiosos, como logo em cima ou dentro da água.

Depois de passar um dia e meio tirando fotos e deixando executivos japoneses receosos pela proposital falta de cuidado (ela “caiu” nos chão diversas vezes), cheguei à conclusão que a TS3 será uma ótima câmera secundária para fotógrafos profissionais e entusiastas que gostam de tirar fotos da natureza, ou uma câmera que pode passar por principal para pessoas com dinheiro sobrando em geral e que não têm muita paciência com controles manuais (quem se mete a esportes radicais pertence a uma das categorias anteriores normalmente).

Isto posto, é óbvio que gostaríamos que ela fosse melhor. O fato de a lente ser razoavelmente fixa e pequena não permite muito zoom, é claro, e além disso, talvez pelo tamanho dela, falta uma certa profundidade de campo (objetos próximos não ficam muito destacados). Há ruído bem visível em situações com menos luz (veja aí embaixo na foto dos dançarinos), e talvez justamente por isso o flash (que é bom) insiste em disparar quase sempre, quando no automático. Faltam os mais básicos controles manuais, apesar de a detecção automática de cenas conseguir segurar a onda. O visor LCD tem boa mas não sensacional resolução (230 mil pixels) e, apesar de alguma proteção anti-reflexo, é bem difícil visualizar tudo quando há muito sol direto, uma situação, me parece, bastante comum para uma câmera aventureira.

No geral, as fotos que conseguimos com a câmera no período que literalmente nos aventuramos com ela (que ainda não era o produto final, como foi destacado) saíram boas, à exceção de algumas feitas em ambiente fechado:

O Gizmodo viajou à Argentina para o lançamento das novas câmeras Lumix à convite da Panasonic e viu uma ovelha ser totalmente tosqueada em 2 minutos e meio. Só secamos as lágrimas quando soubemos que ela morre de calor no verão patagônico (16 graus!) se isso não for feito todo ano.

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