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[Hands-on] V9, o tablet da ZTE com Android 2.1

A corrida por tablets continua, e o Android, com certa lentidão, começa a dar as caras em aparelhos com altas polegadas. Depois dos anúncios da Samsung e da Huawei, foi a vez da ZTE anunciar seu modelo na Futurecom 2010, o V9. O aparelho, que chega ao mercado em janeiro, tem 7”, processador Qualcomm, câmera frontal e um Android pouco modificado, mas ainda na versão 2.1. Confira algumas imagens e as primeiras impressões do brinquedo.

A corrida por tablets continua, e o Android, com certa lentidão, começa a dar as caras em aparelhos com altas polegadas. Depois dos anúncios da Samsung e da Huawei, foi a vez da ZTE anunciar seu modelo na Futurecom 2010, o V9. O aparelho, que chega ao mercado em janeiro, tem 7”, processador Qualcomm, câmera frontal e um Android pouco modificado, mas ainda na versão 2.1. Confira algumas imagens e as primeiras impressões do brinquedo.

Antes de tudo: nós gostamos muito do Android, adoramos sua plataforma aberta, mas estamos estranhando a demora por tablets mais completos com o sistema. Como nos outros aparelhos anunciados, o sistema dentro do V9 o transforma num “telefonão”, e faltam adaptações básicas na maioria das aplicações para utilizar de forma decente as 7 polegadas. A escolha pelo Android 2.1 também é um tanto decepcionante já que, segundo a empresa, não há previsão de atualização do aparelho – e, como ele chegará em janeiro de 2011, a versão usada será um tanto defasada. Mesmo assim, a ZTE mandou bem em deixar todos os apps do Google, como o Android Market, no aparelho – mas sabemos que as operadoras podem fazer alguns pequenos remendos ainda.

No quesito tamanho, ele é bem menor mesmo do que o iPad, o que diminui seu peso, mas não tanto assim (são cerca de 400g, contra 670g do iPad e 380g do Galaxy Tab). O acabamento não é dos mais impressionantes, mas não passa a sensação de que vai te abandonar tão cedo assim. Porém, falta uma dose de capricho. Há 4GB de espaço interno, e o slot microSD aguenta mais 32GB, e ainda uma câmera frontal para videoconferências de 3MP. Na parte de conectividade, 3G no padrão HSUPA via microSIM (com direito a ligações), Wi-Fi no padrão b/g e Bluetooth. Sobre a bateria de 3.400 mAh, nada de números concretos, apenas que ela é de “longa duração”.

A tela é de TFT, e as cores não explodem na sua cara como no Super AMOLED do Samsung Galaxy Tab – e isso tem seu lado bom e ruim; há quem considere as cores do AMOLED muito exageradas Mas, em nossos testes rápidos, a resposta não foi das mais empolgantes. Percebi que a culpa não era dela – capacitiva, oras. Olhei a memória RAM e ROM: 512MB para cada, números bons. E finalmente descobri que o processador é um Qualcomm MSM7227, de 600MHz, da família ARM11. Além de não ser o modelo mais moderno na família dos processadores, o clock não parece o bastante para aguentar o uso intenso, sendo o gargalo do aparelho. O acelerômetro, por exemplo, chegou a demorar alguns segundos para mudar a posição da tela de paisagem para retrato.

Apesar dos detalhes, a aposta da ZTE para emplacar o V9 é clara: posicioná-lo como uma das “opções mais baratas no nicho de tablets”. Poderíamos comemorar a proposta, mas é preciso ir com calma. Se o Samsung Galaxy Tab chegará por R$2.699 reais, o que seria a opção mais barata – ou melhor, menos cara? Segundo os camaradas do Zumo, o valor irá girar na casa dos R$1.500 reais. Mas tudo depende das negociações com as operadoras. Ou seja, é bom colocar os pés no chão.

Fábrica da ZTE vem aí

A disputa pelo mercado de smartphones e tablets mais baratos do país não é mole. Há concorrentes consolidados, como a Nokia, Samsung e LG, e novos competidores, como a Huawei e seu plano de expansão com Androids de baixo custo. Para a ZTE, que vende mais modems 3G do que celulares por aqui (serão vendidos 4 milhões de aparelhos até o fim do ano), ter parceiros locais não parece o bastante. Para tentar resolver o problema, Eliandro Ávila, presidente da empresa no Brasil, revelou alguns detalhes sobre a futura fábrica da ZTE no país.

Segundo ele, o investimento ultrapassará a casa dos U$100 milhões. A fábrica, que será no estado de São Paulo, mas sem cidade definida, será a principal sede da ZTE da América Latina, e a produção será de infraestrutura e smartphones. Ávila disse que os principais motivos do investimento são o atual momento do Brasil, a logística que envolve ter uma fábrica aqui, e os incentivos fiscais que envolvem o Plano Nacional de Banda Larga. O anúncio da fábrica e os detalhes mais concretos devem surgir nos próximos dois meses. [ZTE; fotos por Flávio Oota]

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