A sonda Hayabusa2 pousou dois módulos de aterrisagem na superfície do asteróide Ryugu

Dois módulos de aterrisagem da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) conseguiram tocar o asteróide Ryugu, após se separarem da sonda Hayabusa2. Os equipamentos já começaram a transmitir imagens da superfície da rocha espacial. • Sonda japonesa Hayabusa2 tira foto incrível do asteroide Ryugu de perto • Primeira tentativa da sonda Hayabusa2 de aterrissar […]

Dois módulos de aterrisagem da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) conseguiram tocar o asteróide Ryugu, após se separarem da sonda Hayabusa2. Os equipamentos já começaram a transmitir imagens da superfície da rocha espacial.

• Sonda japonesa Hayabusa2 tira foto incrível do asteroide Ryugu de perto
• Primeira tentativa da sonda Hayabusa2 de aterrissar no asteroide Ryugu não deu muito certo

Os dois módulos de aterrisagem foram projetados para estudar a composição de Ryugu, um asteróide carbonáceo primitivo. O propósito final é obter mais informações sobre os planetas próximos do sistema solar.

A nave já voou muito perto da superfície do asteróide para medir sua força gravitacional; enquanto se aproximava de Ryugu para aterrisar os equipamentos, a sonda Hayabusa2 saiu de sua órbita de 20 quilômetros de distância e chegou a apenas 100 metros de distância da rocha.

De acordo com o pessoal do Space.com, os pequenos módulos (conhecidos como MINERVA-II1A e MINERVA-II1B) perderam brevemente o contato com a JAXA após a aterrisagem. No entanto, foi confirmado posteriormente que eles chegaram lá em “boas condições”, segundo a agência espacial.

Agora que eles aterrissaram com segurança, os dois rovers dos módulos serão capazes de fazer bom uso do ambiente de baixa gravidade para circular por Ryugu e pesquisar diferentes partes de sua superfície.

Ao estudar os fragmentos que compõem Ryugu, os cientistas esperam fazer descobertas importantes sobre a composição do antigo Sistema Solar e as condições que deram origem à vida na Terra. Os asteroides são objetos antigos e muitas vezes possuem traços de água ou de materiais orgânicos (ou ricos em carbono).

Embora o equipamento possua instrumentos científicos como câmeras, termômetros e acelerômetros, um dos propósitos do rover (que utiliza o torque gerado pela rotação de componentes internos, em vez de rodas) é simplesmente agir como uma prova de conceito para a exploração de ambientes de baixa gravidade.

1º tuíte: Foto tirada pelo Rover-1B no dia 21 de setembro às ~13:07 no horário do Japão. Foi capturada logo após a separação dela com a sonda espacial. A superfície de Ryugu está na parte inferior direita. O enevoado na esquerda superior é o reflexo da luz do Sol. 1B pareceu girar lentamente após a separação, minimizando o borrado da imagem.

2º tuíte: Essa imagem dinâmica foi capturada pelo by Rover-1A, no dia 22 de setembro, mais ou menos às 11:44 no horário do Japão. Ela foi tirada na superfície de Ryugu durante um salto. A superfície está na metade esquerda da imagem, enquanto a região branca na parte direita mostra a luz do Sol.

No futuro, como aponta o Guardian, a Hayabusa2 irá disparar um míssil de cobre no asteróide, criando uma cratera de onde os cientistas coletarão amostras de material que estão imediatamente abaixo da superfície. Além disso, um rover maior, chamada MASCOT, será enviado ao asteróide:

Em outubro, a sonda Hayabusa2 irá lançar um “impactador” que explodirá abaixo da superfície do asteróide, ao disparar um míssel de cobre de 2kg para criar uma pequena cratera na superfície.

A partir dessa cratera, a sonda irá coletar materiais “frescos” que não foram expostos por vento e radiação com o passar do tempo. A expectativa é obter respostas para algumas das questões fundamentais da vida e do universo, incluindo se os elementos vindos do espaço ajudaram a criar a vida na Terra.

A sonda também irá lançar um veículo de pouso franco-germânico chamado MASCOT, para a observação da superfície.

E não acabou. A Hayabusa2 lançará ainda outro pequeno rover (desta vez, com LEDs ópticos e ultravioletas) em 2019. Até o final do ano que vem, a nave espacial deve começar a sua jornada para retornar à Terra, cheia de amostras coletadas em Ryugu.

“Eu fiquei impressionado com o que conseguimos fazer aqui Japão. É um verdadeiro encanto da exploração do espaço”, disse Takashi Kubota, porta-voz da JAXA, à imprensa.

Espera-se que Hayabusa2 volte à Terra até o final do ano de 2020. Os Estados Unidos também possuem uma missão de coleta de amostras de asteróide, bem similar a essa; mas ela só deve ser concluída em 2023.

[Space.com/Guardian]

Hayabusa2 voando acima do asteróide Ryugu, no dia 21 de setembro de 2018. Sua sombra pode ser vista no canto esquerdo superior da imagem. Crédito: JAXA (AP)

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