A história ilustrada do Android, do Cupcake até o Marshmallow

O Android já trilhou um longo caminho. Ele cresceu de sua fase esquisitinha e agora é um dos melhores e mais bonitos sistemas operacionais no mercado.

O Android começou em 5 de novembro em 2003, quando Andy Rubin fundou a Android Inc., comprada pelo Google em 2005. A plataforma só chegou ao mercado em 2008. De lá para cá, ela cresceu e se tornou um dos principais sistemas operacionais do mundo.

Mas isto não acontece do dia para noite: o Android teve sua fase esquisitona e constrangedora até aprender algumas duras lições e se tornar o sistema que é hoje em dia.

Com a apresentação da última versão, Android Marshmallow, fizemos uma retrospectiva mostrando como tudo começou e como ele virou o que é hoje.

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Cupcake (Android 1.5)

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O Android teve alguns alphas e betas para o HTC G1 antes do lançamento oficial. O Cupcake foi o primeiro nome de doce usado para o sistema. Esta primeira atualização tinha um monte de coisa legal, como suporte a teclados virtuais de terceiros, e a capacidade de fazer upload de vídeos para o YouTube e o Picasa. Ah, é verdade, também tinha widgets!

Com o Cupcake, o G1 chamou bastante a atenção (pelo menos em 2009), mas foi só um humilde começo. O Android ainda precisava de muita coisa.

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Donut (Android 1.6)

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O Donut foi a atualização que fez as pessoas começarem a levar o Android mais a sério. Este update trouxe busca universal, superpoderes de texto-para-fala e compatibilidade com a tecnologia CDMA (que operadoras norte-americanas como a Verizon usam). Esta atualização começou a ser distribuída em outubro de 2009.

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Eclair (Android 2.0)

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No Eclair, a câmera recebeu suporte a flash, zoom digital e equilíbrio de branco, entre outros, além do suporte a papéis de parede animados. O Google também colocou novidades no teclado, que ficou mais inteligente e passou a sugerir nomes de contatos. Não foi a maior atualização da história do Android, mas talvez seja a com o nome mais gostoso (bomba de chocolate).

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Froyo (Android 2.2)

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Então veio o Froyo, e tudo nele era mais rápido. Na época, dissemos o seguinte em nosso review:

O aumento de velocidade na versão 2.2 é fantástico, mas o que faz o Froyo uma verdadeira grande atualização é que ele aperta quase todos os parafusos que estavam meio soltos por toda a plataforma. O Android evoluiu para um produto real, num nível completamente diferente se comparado com seu primeiro ano de existência. (…)

O Android 2.2 é a primeira versão do sistema que parece totalmente completa – ele funciona como deveria e tem quase todas as funções que deveria ter. Ainda não é o tipo de coisa que minha mãe poderia usar sem uma pequena curva de aprendizado, mas você pode ver como ele está ficando cada vez melhor. Não há risco em dizer que com o Froyo, o Android tornou-se algo que a maioria das pessoas pode realmente usar – e amar.

O design ainda era meio feioso quando comparado a seu concorrente mais elegante, mas coisas simples – como um dock na parte de baixo da tela para acesso rápido ao discador e à gaveta de apps – começavam a mostrar como o Android seguia na direção de se tornar um sistema mais amigável para o usuário.

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Gingerbread (Android 2.3)

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Como as últimas atualizações foram direcionadas a funções, o Google finalmente decidiu trabalhar um pouco em design no final de 2010. A interface de usuário foi completamente remodelada com um tema mais escuro. As melhorias na velocidade do sistema continuaram. Mas isto não quer dizer que o Gingerbread não tinha novas funções: o Android ganhou suporte a NFC, um gerenciador de downloads bem útil e melhorias em coisas simples, como copiar e colar.

Infelizmente, isto foi quando as skins de fabricantes estavam em alta e o Android padrão começou a ser relegado a segundo plano. Pouquíssimos aparelhos, como o Google Nexus S, o Nexus One e o HTC G2, viram as mudanças no design mencionadas acima.

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Honeycomb (Android 3.x)

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O Honeycomb tinha um foco bem claro em uma única coisa: tablets. O iPad foi lançado alguns meses antes, no segundo semestre de 2010, e o Android precisava de um sistema operacional que pudesse competir numa forma que não cabia no bolso. Isto incluiu o que o Google chamou de interface “Holográfica” e um teclado mais intuitivo para telas grandes.

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Ice Cream Sandwich (Android 4.0)

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O ICS se voltou para os smartphones com uma interface atualizada e o desaparecimento dos botões físicos. Isto significou que finalmente o sistema ganhou uma barra de ações e o botão de apps recentes (como nós vivemos sem isso algum dia?).

O design era uma união do sistema para tablets (Honeycomb) com o sistema para dispositivos móveis (Gingerbread, Froyo, etc). Os apps passaram a ser mais poderosos, a multitarefa tomou um lugar central no sistema, e você podia começar a ver a potência de computador que estava vindo embarcada nos smartphones. De fato, ficamos tão impressionados que chamamos de “a atualização mais significativa do Android até o momento”.

O Android moderno começava a se encontrar.

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Jelly Bean (Android 4.1-4.3)

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GOOGLE NOW! Sério, de todos os recursos do Android, este é meu favorito. Quando ele foi lançado, eu passei a olhar para meu iPhone 3GS com desdém. O Jelly Bean tinha um assistente de voz para buscas muitíssimo bem feito e as notificações deixavam de ser um negócio horrível, oferecendo muito mais contexto.

A tela inicial também foi refeita, porque agora os widgets podiam ser redimensionados e colocados em qualquer lugar. O Android se tornava mais customizável e poderoso do que nunca.

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KitKat (Android 4.4)

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Levou mais de um ano até o Android partir para seu próximo grande lançamento (apesar de que o Jelly Bean foi continuamente atualizado até o meio de 2013) e lançar o KitKat junto com o Nexus 5 no último trimestre de 2013. O Google Now passava a ser mais poderoso do que nunca com sua capacidade de tentar adivinhar o que os usuários queriam antes até mesmo de pedirem, e o Hangouts ganhou suporte a mensagens SMS.

Mais importante que isso, o KitKat diminuiu o uso de recursos pelo sistema. Isto significou que aparelhos com apenas 512MB de RAM podiam rodar o sistema sem travar nem engasgar. Isto ajudou o Android a ganhar terreno no mercado de celulares baratos, com seu programa Android One.

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Lollipop (Android 5.x)

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Olá, Lollipop. Olá, Android moderno. O Lollipop se anunciou como responsável por reimaginar o sistema e como ele vinha desde o Ice Cream Sandwich. Ícones, animações e multitarefas foram completamente refeitos com a abordagem do Material Design, e a tela de bloqueio se tornou ainda mais útil com as notificações integradas. O Google continuou a abrir o Google Now a desenvolvedores e acrescentou um muitíssimo bem-vindo “modo silencioso” para notificações.

Era um design para o futuro do Android, que perdura até hoje.

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Marshmallow (Android 6.0)

E finalmente chegamos ao Android Marshmallow. O preview técnico foi lançado há alguns dias e mostra que o M está mais preocupado com a manutenção do que com a aparência.

Entretanto, ele vem com algumas novidades bem interessantes, como um novo modo de lidar com permissões para aplicativos, um Google Now novo e melhorado, e o Android Pay, uma espécie de Google Wallet 2.0 (estas funções aparecem da esquerda para a direita aí em cima). O Google também promete que o sistema usará melhor os recursos de energia, melhorando a duração da bateria em modo ocioso, o que é ótimo!


O Android já trilhou um longo caminho. Ele cresceu de sua fase esquisitinha e agora é um dos melhores e mais bonitos sistemas operacionais no mercado. Mas, como o Google mostra, sempre tem o que melhorar.

Atualizado às 16:50 de 6/nov/2015.

Foto por Joi Ito/Flickr

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