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De volta à ativa, Hubble captura novas fotos de galáxias

As operações científicas foram retomadas em 17 de julho, depois que o telescópio espacial passou um mês preso em modo de segurança.

Imagem: NASA, ESA, STScI, Julianne Dalcanton, Alyssa Pagan

Felizmente, o Hubble está de volta. Depois que uma falha manteve o telescópio espacial de 31 anos desligado por mais de um mês, a equipe corrigiu o erro e, sem tempo a perder, já está capturando novas imagens vívidas de galáxias estranhas.

O famoso telescópio representa tudo o que há de bom em nossas aventuras no espaço. Até o momento, o Hubble fez mais de 1,5 milhão de observações de objetos próximos e distantes, e seus dados foram citados em mais de 18 mil publicações científicas, de acordo com a NASA.

Admito que, quando foi descoberta a falha, temi o pior e comecei a me preparar mentalmente para redigir um obituário. Em retrospecto, podemos agora dizer que os relatos da morte de Hubble foram muito exagerados. A equipe de recuperação da NASA corrigiu o problema com o hardware de backup, permitindo que as operações científicas recomeçassem em 17 de julho. É uma notícia boa, mas preciso dizer que não fui a única pessoa preocupada.

O par de galáxias ARP-MADORE2115-273. Imagem: NASA, ESA, STScI, Julianne Dalcanton (UW), Alyssa Pagan (STScI)

“Confesso que tive alguns momentos de nervosismo durante o desligamento do Hubble, mas também confiei nos incríveis engenheiros e técnicos da NASA. Todos estão extremamente gratos e estamos animados para voltar à ciência”, disse Julianne Dalcanton, astrônoma da Universidade de Washington em Seattle, em um comunicado.

Dalcanton é uma das primeiras beneficiárias da ressuscitação de Hubble, pois sua equipe está usando o telescópio para coletar imagens de galáxias peculiares, incluindo um par de galáxias interagindo e uma grande galáxia espiral com um apêndice extra.

O par de interação é chamado ARP-MADORE2115-273 e está localizado a 297 milhões de anos- luz de distância. A visão recém-lançada é a primeira imagem de alta resolução do sistema do Hubble. Os cientistas pensaram que ARP-MADORE2115-273 era uma galáxia anelada causada por uma colisão, mas a nova imagem sugere que “a interação contínua entre as galáxias é muito mais complexa, deixando para trás uma rica rede de estrelas e gás empoeirado”, como explica a NASA.

A galáxia espiral ARP-MADORE0002-503. Imagem: NASA, ESA, STScI, Julianne Dalcanton (UW), Alyssa Pagan (STScI)

Como a Via Láctea, a ARP-MADORE0002-503 é uma galáxia espiral. Ao contrário da Via Láctea, entretanto, ela tem três braços espirais em vez dos dois usuais. Também é cerca de três vezes maior do que a nossa galáxia, apresentando um raio de 163 mil anos-luz.

Outras tarefas pendentes na lista de afazeres do Hubble incluem observações de aglomerados globulares em galáxias distantes e varreduras de auroras em Júpiter. Após três décadas de serviço zeloso, o Hubble continua a atuar como nosso olho vigilante no cosmos, e há algo muito reconfortante nisso.

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