Computador cerebral da IBM funciona com “sangue eletrônico”

Assim como todo mundo, a IBM está impressionada com a capacidade e a eficiência energética do cérebro humano, e quer tentar replicá-lo. A empresa anunciou um protótipo de computador inspirado pelo cérebro, que recebe energia de um eletrólito líquido – chamado de “sangue eletrônico” – e é ao mesmo tempo refrigerado por ele. Dois pesquisadores […]

Assim como todo mundo, a IBM está impressionada com a capacidade e a eficiência energética do cérebro humano, e quer tentar replicá-lo. A empresa anunciou um protótipo de computador inspirado pelo cérebro, que recebe energia de um eletrólito líquido – chamado de “sangue eletrônico” – e é ao mesmo tempo refrigerado por ele.

Dois pesquisadores da IBM, Patrick Ruch e Bruno Michel, demonstraram o protótipo no laboratório da IBM em Zurique. O sangue eletrônico é bombeado através do computador e transporta energia, ao mesmo tempo em que retira o calor.

Graças a esse resfriamento líquido, o protótipo usa processadores empilhados, concentrando mais potência em menos espaço. Bruno Michel nota que apenas 1% do volume de um computador comum é dedicado ao processamento de fato; enquanto isso, “o cérebro usa 40% do seu volume para o desempenho funcional”.

A ideia também é tentar consumir o mínimo de energia possível, já que o cérebro utiliza apenas 20 watts de energia por dia. A IBM acredita que o seu novo sistema de “fluxo de oxirredução” vai levá-la mais perto de seu objetivo: abrigar um computador petaflop (atualmente do tamanho de metade de um campo de futebol) em algo que caiba em uma mesa até 2060. Michel explica à BBC:

Queremos colocar um supercomputador dentro de um cubo de açúcar. Para isso, precisamos de uma mudança de paradigma em eletrônica – precisamos ser motivados pelo nosso cérebro. O cérebro humano é 10.000 vezes mais denso e eficiente do que qualquer computador hoje.

Para ter uma noção da disparidade, a BBC nota que, quando o supercomputador Watson ganhou em um game show nos EUA, ele usava 85 mil watts de energia, enquanto os concorrentes humanos usavam menos de 20 watts.

A pesquisa da IBM ainda vai demorar a entregar resultados práticos, que possam ser implementados em um PC comum. Mas, à medida que as pesquisas se concentram na computação baseada no cérebro, podemos tornar os computadores ainda melhores. [BBC]

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