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Recursos de privacidade do iCloud não estarão disponíveis para usuários gratuitos

Além disso, nenhuma das duas funções será lançada na China, onde o governo controla e monitora qualquer atividade online dos usuários.

Imagem: Apple/Divulgação

Imagem: Apple/Divulgação

Já faz algum tempo que a Apple vem incrementando recursos focados em privacidade no iOS. E na próxima versão do sistema operacional, com a chegada do Hide My Email e do Private Relay, as coisas não serão diferentes. Mas há um porém que a companhia não destacou no anúncio das novidades: essas duas funções serão exclusivas para assinantes do iCloud+, novo nome da versão paga do serviço de armazenamento na nuvem da empresa.

Vamos recapitular. O Private Relay é um mecanismo de criptografia para navegação que, por meio de um proxy, envia o conteúdo acessado para duas redes separadas. Não é exatamente uma VPN, mas o objetivo é o mesmo: dificultar o rastreamento do IP do usuário no Safari. Sites que solicitarem informações sensíveis, como a sua localização, por exemplo, não terão acesso aos dados verdadeiros. A própria Apple não poderá visualizar tais informações.

O Hide My Email, por sua vez, vai permitir a criação de endereços de e-mail aleatórios para fazer logins ou cadastros em páginas suspeitas, protegendo a privacidade da sua conta original. Não haverá limite de criação de e-mails, e a tecnologia estará diretamente no Safari, configurações do iCloud e no próprio app Mail.

Pois bem. Eis que, para usufruir dessas duas funções, é necessário ter pelo menos o plano mais básico do iCloud+, que custa R$ 3,50 por mês para 50 GB de capacidade. Há ainda versões de R$ 10,90, com 200 GB, e R$ 34,90, que oferece 2 TB. Talvez isso não seja um problema para os usuários que já assinam o modelo mais básico, uma vez que o iCloud só garante 2 GB gratuitos. Contudo, vale fazer o alerta caso você tenha um iPhone e queira aproveitar as novidades de privacidade.

Private Relay e Hide My Email estão fora da China

Os dois recursos do iCloud não serão lançados na China porque a internet no país é totalmente monitorada (e controlada) pelo governo chinês. Recentemente, a Apple chegou a ativar os servidores de seu serviço de armazenamento na nuvem para usuários chineses. No entanto, todos os dados que passam por esses servidores são controlados por uma firma de cloud estatal chinesa na província de Guizhou, sudoeste do país. A firma em questão tem os direitos legais do iCloud na China, porém a Apple garante que somente ela tem acesso à chave de criptografia das informações do data center — o que é contestado por especialistas, visto que a estatal pode trocar dados com o governo chinês.

[BGR, Reuters]

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