Esta é a primeira imagem que temos do sistema solar TRAPPIST-1

A NASA finalmente divulgou a primeira imagem do sistema TRAPPIST-1, e apesar dela não revelar muita coisa, é um passo importante para a ciência

No mês passado, todo o sistema solar se arrepiou quando a NASA anunciou a descoberta de um outro sistema com sete planetas, chamado TRAPPIST-1, a apenas 39 anos-luz de distância do nosso Sol. A descoberta foi animadora, não apenas pela proximidade, mas pelos três planetas dentro da zona habitável, onde água líquida (e potencialmente vida) podem existir. Já existe um site dedicado à esses planetas misteriosos, cheios de desenhos incríveis e fanfics literárias.

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Embora o nosso surto pelo TRAPPIST-1 seja justificável, há uma grande questão a ser respondida: como ele se parece? Lembre-se, esses planetas foram detectados utilizando apenas o método de trânsito, no qual os cientistas medem os mergulhos na saída de luz de uma estrela enquanto um corpo planetário cruza nossa linha de visão. E apesar de termos algumas artes de conceito incríveis que imaginam como se parecem esses planetas, a verdade é que, nós não temos ideia – até agora. Mais ou menos isso, na real.

Nesta quarta-feira (8), a NASA finalmente divulgou a primeira imagem do sistema TRAPPIST-1. Se prepare:

trappist-1-imagem-animada

Ok, essa não é exatamente o que estávamos esperando, mas é um passo em direção ao aprendizado a respeito do sistema. Além dessa pequena animação, a NASA divulgou todo o material bruto das observações da TRAPPIST-1. Os dados foram coletados durante 74 dias – do dia 15 de dezembro de 2016 até 4 de março – pela sonda espacial Kepler da NASA, como parte da missão K2, que ainda está acontecendo. A Kepler mediu o escurecimento da estrela de TRAPPIST-1 conforme os seus sete planetas do tamanho da Terra passaram pelos instrumentos, bloqueando parte da luz. É isso o que fez os pixels piscarem na imagem acima.

Por meio das observações da sonda Kepler, os cientistas esperam descobrir as informações sobre os períodos de órbita dos planetas do TRAPPIST-1 e as dinâmicas da estrela principal.

“Cientistas e entusiastas de todo mundo estão investindo tempo no aprendizado de tudo que podem sobre esses mundos do tamanho da Terra. Oferecer os dados brutos da missão K2 o mais rápido possível era uma prioridade para dar aos investigadores uma primeira olhada, para que pudessem definir melhor os seus planos de pesquisa posteriores. Estamos felizes de que isso também permitirá ao público testemunhar o processo de descoberta”, disse Geert Barentsen, cientista pesquisador da missão K2 no NASA Ames Research Center, num comunicado.

A NASA espera que os dados completamente calibrados estejam prontos até maio.

[NASA, NASA]

Imagens: NASA

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