“As Marvels” trocam de lugar a cada vez que usam seus poderes. Mas o trio Capitã Marvel (Brie Larson), Ms. Marvel (Iman Vellani) e Capitã Monica Rambeau (Teyonah Parris) te leva a uma sensação nova a cada vez que isso acontece. O Giz Brasil assistiu ao último filme do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) de 2023 e conta o que você pode esperar. A estreia é nesta quinta-feira (9) nos cinemas brasileiros.
“As Marvels” mostra Capitã Marvel, Ms. Marvel e Capitã Monica Rambeau interligadas e com a missão de salvar o sistema solar de uma nova ameaça extraterrestre. Vamos ao filme:
‘Três heroínas demais’
Assim como no filme, vamos trocar de impressões a cada momento neste texto. Começando por Carol Danvers: a super poderosa tem sua personagem mais explorada na trama, tendo que arcar as consequências de um passado recente e com chances de consertá-lo.
É esse passado que trouxe a vilã Kree Dan-Beer (Zawe Ashton), a Supremor, atrás de vingança e de planetas com recursos naturais.
Também nesta volta aos seus momentos que já foram é que vemos a ligação com a oficial negra Capitã Monica Rambeau. Ela é filha de Maria Rambeau (Lashana Lynch), melhor amiga de Carol Danvers nos tempos de Força Aérea dos Estados Unidos.
A tia sumiu e deixou Monica com a mãe — que morre entre os eventos de “Vingadores: Guerra Infinita”. Temos um filme para o drama de família.
Por causa de um roteiro bem objetivo, isso será tratado de forma leve. Por causa de personagens heroínas, a relação entre tia e sobrinha mostra que salvar planetas e galáxias custa caro a quem se tem carinho.
Mas vamos trocar de gênero de filme.
Ms. Marvel, a série jovem
Kamala Khan é o destaque do filme. Mesmo com a ferida aberta entre Capitã Marvel e Monica Rambeau, é a jovem e engraçada que vimos na série do Disney+ que faz a ligação entre elas desenrolar — mesmo já conectadas pelos poderes.
Talvez por ter sua família presente e a apoiando (entre puxões de orelha) que Khamala faz as outras duas heroínas lidarem com os traumas enquanto ela mesma vive o sonho de ser parte da equipe da Capitã Marvel.
Aliás, a primeira heroína muçulmana e de origem paquistanesa dá diálogos que nos lembra que ela é uma jovem curtindo uma realização inimaginável ao lado de duas outras mulheres incríveis.
No início do filme somos levados a este universo de Ms. Marvel com direito a animação e HQs! Por sinal, brincar com multiverso é um detalhe a ser olhado. As primeiras sequências de “As Marvels” coloca o trio em situações que acontecem “tudo em todo lugar” e “ao mesmo tempo”.
Mas vamos trocar o filme de novo.
Aladna e Goose, o musical em “As Marvels”
Prepare-se para sorrir com as deixas sarcásticas de Nick Fury (Samuel L. Jackson), mas também com dois momentos em “As Marvels”.
Quando as heroínas visitam o planeta de Aladna, estamos assistindo a um musical da Disney! As cores e as músicas ajudam no toque de leveza na aventura.
Posteriormente, o gatinho Goose troca de lugar e deixa de ser um coadjuvante felino. Aí que “nasce uma estrela”, pronta para o elenco de “Cats”.
Troca mais uma vez.
Dar-Benn, a poderosa chefona
A vilã da vez poderia ter mais desenvolvimento, mesmo com a atuação de Zawe Ashton. O olhar impactante alinhado aos dentes cerrados traz personalidade à personagem, mas não foge de nada do que já vimos em filmes de heróis.
As Marvels além do tempo
Mas o que você deve esperar mesmo é um filme com tom girando ao redor da família. Até por isso vemos as três heroínas salvando três mundos diferentes.
Num ano não muito feliz para o MCU, “As Marvels” não promete superar tanta coisa, mas entrega enredos de aventura, dramas familiares, gêneros teens e tom cômico, coisa comum numa família vivendo seu cotidiano. E funcionou.
E estar numa significa assistir a sacrifícios e se preparar para novas jornadas também. Por fim, fique até o final para a cena pós-créditos e se anime com o que pode vir em breve num outro filme.