Após susto, Inpe diz que satélite Amazônia-1 está bem e já iniciou testes de imagens

Após rastreadores norte-americanos indicarem irregularidades nos sinais do satélite, o Inpe esclareceu que ele operava normalmente.
Amazonia 1
Arte simulando o Amazonia-1. Crédito: Junior Miranda/ MCTI

No último domingo (28), o Brasil lançou o satélite Amazônia-1. Apenas alguns dias depois já tivemos o primeiro susto: rastreadores dos Estados Unidos alertaram que ele estaria girando fora de controle. Mas, calma, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) esclareceu que está tudo normal e que, inclusive, o equipamento já iniciou o envio de imagens.

A notícia sobre o suposto problema havia sido divulgada pelo jornalista Salvador Nogueira, do blog Mensageiro Sideral, da Folha de S.Paulo. Segundo as informações, o grupo USA Satcom identificou irregularidades nos sinais do Amazônia-1 em duas passagens diferentes, com um intervalo de sete horas.

Algumas horas depois, Clézio di Nardin, diretor do Inpe, informou ao G1 que o satélite operava normalmente. “Não é fato que ele está descontrolado. O lançamento do satélite foi um sucesso. Não há registro de qualquer intercorrência.” De acordo com o instituto, o Amazônia-1 já iniciou até mesmo o envio de imagens, mas não de forma oficial, já que ele permanece em fase de testes até o dia 15 de março.

O Amazônia-1 foi lançado do Centro Espacial Satish Dhawan, na Índia, sendo o primeiro satélite 100% brasileiro a entrar em órbita. O objetivo é que, nos próximos dias, após a sua estabilização, ele comece a tirar fotos da Terra de forma oficial para auxiliar o sistema Deter a monitorar o desmatamento na Amazônia.

De acordo com o Inpe, “os dados estarão disponíveis tanto para comunidade científica e órgãos governamentais quanto para usuários interessados em uma melhor compreensão do ambiente terrestre”. As imagens serão geradas a cada cinco dias, cobrindo uma área de 850 quilômetros e oferecendo 64 metros de resolução.

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O Amazônia-1 foi o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto a ser lançado no espaço, juntando-se ao CBERS-4 e ao CBERS-4A, desenvolvidos em conjunto com a China. A expectativa é que mais dois satélites sejam lançados como parte da Missão Amazônia.

[Mensageiro Sideral/Folha de S.Paulo, G1]

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