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Insetos parasitas conseguem controlar o cérebro dos hospedeiros e transformá-los em zumbis

A edição de novembro da National Geographic traz um artigo fascinante intitulado “Sugadores de mentes”, a história de duas coisinhas que entram nos corpos das suas vítimas e, não contentes em comê-lo de dentro para fora, ainda controla seus corpos, transformando-os em zumbis. E essa é só uma das histórias de terror envolvendo bichinhos maravilhosamente […]

A edição de novembro da National Geographic traz um artigo fascinante intitulado “Sugadores de mentes”, a história de duas coisinhas que entram nos corpos das suas vítimas e, não contentes em comê-lo de dentro para fora, ainda controla seus corpos, transformando-os em zumbis. E essa é só uma das histórias de terror envolvendo bichinhos maravilhosamente fotografados por Anand Varma.

Na foto acima, você vê uma joaninha com um casulo contendo seu mestre controlador de mentes.

Dizem que as joaninhas dão sorte – mas uma infectada pela espécie de vespa Dinocampus Coccinellae é, sem dúvida, bem azarada. Quando uma vespa fêmea ferroa uma joaninha, ela deixa apenas um ovo. Quando o ovo choca, a larva começa a comer sua hospedeira de dentro. Quando pronta, o parasita emerge e aloca um casulo entre as pernas da joaninha. Embora seu corpo esteja agora livre de seu algoz, o inseto permanece escravizado, parado sobre o casulo e protegendo-o de predadores em potencial. Algumas joaninhas (essas sim sortudas!) conseguem sobreviver a esse calvário assustador.

VESPA PARASITOIDE Hymenoepimecis argyraphaga

ARANHA Leucauge argyra

A aranha Leucauge argyra sofre uma série de humilhações nas mãos da vespa parasitoide Hymenoepimecis argyraphaga antes de ser livrada desse infortúnio. Paralisada pelo ferrão da vespa, a aranha fica estática enquanto seu algoz deposita um ovo em seu abdômen. Quando o ovo choca, a larva continua grudada na aranha como uma sanguessuga, alimentando-se dos fluídos internos durante uma semana. Quando está pronta para gerar seu casulo, a larva coage a aranha a construir um último projeto. Rasgando de cima para baixo a sua própria teia, a aranha tece uma nova feita apenas de alguns fios mais grossos. A larva recompensa a aranha pelos seus esforços sugando-a até deixá-la seca. Então, aí sim, ela se encasula na intersecção de dois dos fios, onde fica suspensa em segurança, fora do alcance dos seus predadores.

VERME PLATELMINTO Ribeiroia ondatrae

RÃ-TOURO AMERICANA Lithobates catesbeianus

Depois que o verme Ribeiroia ondatrae se reproduz assexuadamente dentro do caracol, sua larva encontra um girino e faz de sua pele sua casa, formando cistos ao redor dos membros em desenvolvimento dele. Com as pernas extras, subtraídas ou comprometidas, a pobre vítima se torna presa fácil para aves predadoras como as garças. Dentro da garça, o verme se reproduz de maneira sexuada. Seus ovos voltam à água quando o pássaro evacua, infectando novas rãs para começar outro ciclo.

VERME Paragordius varius

GRILO DOMÉSTICO Acheta domesticus

O grilo perde sua vontade de viver (e a própria vida) para o verme. A larva do parasita se infiltra no verme quando ele limpa insetos mortos, e então cresce dentro dele. O grilo é terrestre, mas a fase adulta do ciclo de vida do verme é aquática. Quando o verme está preparado para submergir, ele modifica o cérebro do seu hospedeiro, levando o grilo a abandonar a segurança da terra firme e dar um salto mortal na primeira poça d’água que encontrar. Na medida em que o grilo afunda, um verme adulto aparece, às vezes com quase 30 cm.

CRACA PARASITÓIDE Heterosaccus californicus

CARANGUEJO Loxorhynchus grandis

Bem-vindo ao mundo bizarro onde parasitas obrigam seus hospedeiros a mudarem sua sexualidade. Um caranguejo macho infectado por uma craca parasitóide é literalmente afeminado. Ele para de desenvolver garras para luta e seu abdômen aumenta, virando um “útero” para a craca preencher com sua prole. Alimentados pelo caranguejo, os ovos eclodem. Milhares de bebês nascem para infectar outros caranguejos.

Anand Varma é um fotógrafo de história natural freelancer. Sua primeira reportagem foi publicada na edição de novembro de 2014 da National Geographic.

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