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Chip neuromórfico Loihi, da Intel, agora é capaz de reconhecer o cheiro de dez produtos químicos perigosos

O Loihi, um chip neuromórfico experimental desenvolvido pela Intel, aprendeu a cheirar, de acordo com uma matéria publicada recentemente pela PCWorld. A Intel se uniu à Cornell University para treinar o Loihi a reconhecer o cheiro de dez produtos químicos potencialmente perigosos, como acetona, amônia e metano. Esse nariz artificial parece estar mais próximo do […]

Foto: Tim Herman/Intel Corporation

O Loihi, um chip neuromórfico experimental desenvolvido pela Intel, aprendeu a cheirar, de acordo com uma matéria publicada recentemente pela PCWorld. A Intel se uniu à Cornell University para treinar o Loihi a reconhecer o cheiro de dez produtos químicos potencialmente perigosos, como acetona, amônia e metano.

Esse nariz artificial parece estar mais próximo do nariz de um cão ou dos detectores portáteis que você pode ter visto em uso pelo Departamento de Segurança Interna dentro de um aeroporto para “cheirar” traços de materiais explosivos. O Loihi, porém, funciona um pouco diferente.

Em vez de tentar detectar os produtos químicos, a Intel e a Cornell estavam modelando o que acontece no cérebro humano quando ele detecta um cheiro com a ajuda de 72 sensores químicos. Em outras palavras, o que sinaliza seu cérebro quando suas células olfativas ou os nervos do nariz são estimulados.

Isso também pode ser útil para detectar certas doenças que, segundo alguns cientistas, têm certos cheiros, como o mal de Parkinson. Existem estudos sobre a capacidade que os cães têm de detectar câncer — talvez, com mais pesquisas, o Loihi possa eventualmente fazer o mesmo.

A Intel afirma que o Loihi pode detectar esses dez produtos químicos mesmo com a presença de “dados ruidosos” ou uma grande quantidade de informações sem sentido.

Digamos que ele esteja tentando cheirar um produto químico específico em um espaço amplo, como um aeroporto cheio de cheiros de perfume, café, comida e malas sujas. Ele poderia acabar coletando dados sobre tudo isso, mas como esses cheiros são dados sem sentido, dá para facilmente ignorar tudo isso, de acordo com a empresa.

Dados ruidosos também podem significar dados corrompidos ou dados que um sistema não pode entender ou interpretar corretamente. Acho que os cães farejadores podem ficar sem emprego daqui a algumas várias gerações.

A Intel desenvolveu o chip Loihi em 2017 com o objetivo de fazê-lo emular o cérebro humano — e parece que ele está a caminho de conseguir fazer exatamente isso. Mas a Intel não é a única atualmente pesquisando computação neuromórfica, que é uma área específica de inteligência artificial (IA). Esta área também está sendo investigada pela IBM, HPE, MIT, Purdue, Stanford e outros.

A empresa também pretende usar sua rede “Pohoiki Springs”, construída a partir de 768 de seus chips neuromórficos Loihi, em várias aplicações diferentes, uma das quais poderia ajudar a combater o covid-19.

Em um comunicado, a companhia disse que, embora a Pohoiki Springs não substitua os sistemas de computação diários, “eles fornecem uma ferramenta para os pesquisadores desenvolverem e caracterizarem novos algoritmos neuro-inspirados para processamento em tempo real, solução de problemas, adaptação e aprendizado”.

Esta rede é capaz de produzir cenários diferentes sobre como o novo coronavírus pode continuar a se espalhar, o que poderia ajudar os cientistas a descobrir a melhor forma de retardá-la ou pará-la completamente.

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