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Intel desiste de revolucionar a TV: “tudo depende do conteúdo”

Talvez você não se lembre, mas em fevereiro a Intel tinha planos ambiciosos para sua TV – uma caixinha que traria “televisão ao vivo, gravada, sob demanda e apps”. A ideia era lançá-la no final de 2013, mas desde o final do ano passado, surgiram rumores de que a ideia ficou de lado. Por quê? O CEO […]

Talvez você não se lembre, mas em fevereiro a Intel tinha planos ambiciosos para sua TV – uma caixinha que traria “televisão ao vivo, gravada, sob demanda e apps”. A ideia era lançá-la no final de 2013, mas desde o final do ano passado, surgiram rumores de que a ideia ficou de lado. Por quê?

O CEO da Intel, Brian Krzanich, diz em entrevista que a empresa já estava com a tecnologia pronta, mas sem conteúdo, isso não adianta muito. As informações são do Recode, novo site que reúne os jornalistas do antigo AllThingsD.

Basicamente, a Intel TV dependia fortemente de a empresa fechar acordo com fornecedores de conteúdo – e ela não conseguiu.

Nós dissemos repetidamente que a tecnologia é muito boa. Eu poderia entrar nos “porquês”, mas ela realmente tem uma ótima interface de usuário. Esse conceito de oferecer, para acesso instantâneo, três dias de tudo o que está na TV é realmente único. Mas tudo depende do conteúdo…

Quando você lida com as empresas de conteúdo, elas querem volume. E chegamos a elas sem experiência e sem volume. Começamos praticamente a partir do zero, e por isso dissemos que estamos à procura de um parceiro que possa nos ajudar a ampliar esse volume em um ritmo bem mais rápido.

Rumores dizem que a operadora americana Verizon deve comprar a tecnologia da Intel TV.

A Intel é mais uma empresa a aprender que apostar em conteúdo de TV é mais difícil do que parece. O Google está tentando desde 2010, sem sucesso; talvez eles até abandonem a marca Google TV. A Apple TV ainda é um hobby para a empresa, e rumores de uma iTV não se concretizaram até agora. A Microsoft, com seu Xbox One, talvez esteja mais encaminhada em dominar a sala de estar.

De acordo com a Reuters, outro motivo para a Intel abandonar o mercado é que, para Brian Krzanich, a empresa “não podia se distrair nem pagar os custos” de criar um novo produto para um novo mercado – o foco da Intel é fazer processadores.

O CEO assumiu o cargo em maio, substituindo Paul Otellini. Meses depois, ele confessou que a Intel demorou demais para entrar no mercado mobile. Agora, a empresa tem como objetivos para 2014 quadruplicar sua presença em tablets e se concentrar em grandes fabricantes de smartphones para vender seus chips. [Recode via The Verge]

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