Um programa japonês de inteligência artificial conseguiu passar no vestibular

Um programa de inteligência artificial recebeu notas tão altas num teste padronizado que ele teria 80% de chance de entrar numa universidade japonesa.

Um programa de inteligência artificial recebeu notas tão altas num teste padronizado que ele teria 80% de chance de entrar numa universidade japonesa.

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O Wall Street Journal relata que o programa, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Informática do Japão, fez um exame de admissão para universidade com várias matérias e passou com uma pontuação acima da média de 511 pontos de 950 possíveis. (A média nacional é de 416.) Com uma nota dessas, ele tem uma chance de 8 em 10 de ser admitido em uma das 441 instituições privadas e 33 nacionais do país.

A inteligência artificial demorou algum tempo para ser aperfeiçoada e ainda precisa melhorar em muitos aspectos. A equipe está trabalhando neste programa desde 2011, mesmo ano em que o supercomputador IBM Watson derrotou Ken Jennings e Brad Rutter, os campeões de Jeopardy! (um programa de TV de perguntas e respostas), num torneio de vários dias.

Anteriormente, o programa japonês teve resultados abaixo da média. Desta vez, ele se deu particularmente bem nas questões de matemática e história, que têm respostas diretas, mas ainda foi mal na parte de física do teste, que requer habilidades avançadas de processamento de linguagem.

Todai Robot Project tem como objetivo desenvolver um programa inteligente o bastante para entrar na Universidade de Tóquio, a escola mais prestigiada do país, frequentemente chamada de “Harvard do Japão”, em 2021. (“Todai” é o apelido para Tokyo Daigaku, o nome da universidade em japonês.)

No começo deste ano, um programa dos EUA conseguiu fazer o SAT, prova padronizada cuja nota é utilizada por várias universidades americanas, e resolveu questões de geometria da 11ª série, equivalente ao nosso terceiro ano do ensino médio.

Mas agora, o sucesso da equipe japonesa prova que um software pode ser programado para resolver problemas complexos com palavras, combinar imagens e texto, e pode ser capaz de um reconhecimento semântico, o que permitiria a ele responder os mais diferentes tipos de questões.

Mas uma pergunta fica no ar: quanto tempo até termos uma versão real da Robot House de Futurama? [Todai Robot Project via Wall Street Journal]


Foto por Alberto G./Flickr

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