Quer dançar como o Bruno Mars? Esta inteligência artificial em breve pode te ajudar

A essa altura, já temos vários exemplos preocupantes de softwares de processamento de imagem com inteligência artificial capazes de alterar rostos ou fazer alguém parecer dizer algo que nunca disse. Mas existem outros usos, talvez subexplorados, dessa tecnologia: como tentar forjar um vídeo de você dançando exatamente como o Bruno Mars, em vez dos seus […]

A essa altura, já temos vários exemplos preocupantes de softwares de processamento de imagem com inteligência artificial capazes de alterar rostos ou fazer alguém parecer dizer algo que nunca disse. Mas existem outros usos, talvez subexplorados, dessa tecnologia: como tentar forjar um vídeo de você dançando exatamente como o Bruno Mars, em vez dos seus passos de dança à la Mr. Bean.

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Como demonstra este vídeo compartilhado por Caroline Chan, pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley descobriram uma maneira de copiar os movimentos do corpo de um sujeito em um vídeo, gerando então um novo vídeo com o corpo de uma pessoa completamente diferente realizando mais ou menos essas mesmas ações (para mais detalhes, veja o artigo deles, intitulado de “Everybody Dance Now“).

O trabalho é uma extensão da pesquisa e da manipulação automatizada que fazem alguém parecer dizer algo que nunca disseram, mas com o desafio extra de “forjar” muito mais movimentos — especialmente se você estiver tentando copiar os passos de alguém talentoso como o Bruno Mars.

Transformar e manipular digitalmente os movimentos do rosto de alguém muitas vezes exige apenas mudanças sutis entre o clipe original e os resultados modificados. Porém, ao copiar passos de dança, os braços, as pernas, a cabeça e o tronco de alguém poderiam potencialmente ter de se mexer de maneiras completamente diferentes em comparação com a amostra de imagem que é usada para treinar a inteligência artificial.

Para possibilitar a transferência de movimento, a inteligência artificial gera representações simples de bonecos dos movimentos dos sujeitos tanto nos clipes de fonte quanto nos que receberão os movimentos. As mudanças em movimento necessárias para fazer uma pessoa se mexer ou dançar como outra são calculadas, e então esses dados são usados para gerar novos quadros de vídeo, em que alguém aparece arrasando na dança — ainda que com dois pés esquerdos.

Assim como todos os avanços no processamento de imagens assistido por inteligência artificial, sempre existe o potencial de que essa pesquisa seja usada para fins nefastos. É fácil imaginar que, um dia, alguém possa ser incriminado com imagens falsificadas de câmeras de segurança mostrando a pessoa fazendo algo ilegal. Porém, nesse cenário, eu argumentaria que os prós superam os contras, porque agora eu consigo reprocessar todas as imagens do meu casamento para parecer que eu arrebentei no salão.

Imagem do topo: Reprodução

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