iPad 3G funciona perfeitamente no Brasil

Uma das desvantagens do iPad 3G é que ele usa um padrão de cartão esquisito, o MicroSIM, vendido apenas, por enquanto, pela operadora americana AT&T. Mas uma de suas vantagens menos propagandeadas é que ele é desbloqueado de fábrica. Basta pegar um chip de dados qualquer e cortá-lo até ficar do mesmo tamanho do original, micro. Em teoria. O publicitário Marcelo Tripoli, CEO da iThink, resolveu testar e ver se isso funciona na prática no Brasil. E, como você pode ver pelo cantinho da foto - e que acabei de testar - funciona.

Uma das desvantagens do iPad 3G é que ele usa um padrão de cartão esquisito, o MicroSIM, vendido apenas, por enquanto, pela operadora americana AT&T. Mas uma de suas vantagens menos propagandeadas é que ele é desbloqueado de fábrica. Basta pegar um chip de dados qualquer e cortá-lo até ficar do mesmo tamanho do original, micro. Em teoria. O publicitário Marcelo Tripoli, CEO da iThink, resolveu testar e ver se isso funciona na prática no Brasil. E, como você pode ver pelo cantinho da foto – e que acabei de testar – funciona.

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Para fazer o tablet da Apple funcionar, a adaptação nem foi tão complicada. Tripoli pegou o chip que veio no seu iPad comprado por um amigo na última sexta-feira nos EUA, da AT&T, e o usou como molde, fazendo o mesmo corte em um cartão SIM de dados normal vendido com os modems 3G da Vivo. Não foi preciso abrir o iPad 3G: há uma entrada lateral discreta para o microSIM, bastando pressionar o suporte de metal para ele sair. Aqui está o microSIM tabajara (dentro do suporte) junto de um SIM de dados normal da Vivo:

Feito o corte no chip, a única outra adaptação necessária é a configuração da rede de dados. Nada muito misterioso:

E pronto. Agora você não precisa depender de hotspots ou sua rede de Wi-Fi doméstica para fazer o que quer que os donos de iPads fazem. Com o 3G, você agora pode levá-lo para a praia e jogar Scrabble com sua sobrinha ou ler o New York Times no ônibus (e virar um ímã de bandidos). Mas, sério, especialmente em viagens, o 3G do iPad quebra um galhão, como o Tripoli explica em um post do Update or Die.

O único problema é que ele faz a velocidade animal do iPad ficar bem menos perceptível, já que ela é limitada pelas terríveis conexões de 3G pelo mundo. Os nossos amigos do Giz US fizeram alguns testes com a rede 3G da AT&T que, se não é tão horrorosa quanto os 3Gs brasileiros, está longe de ser rápida. O iPad 3G demorou 9 segundos para abrir totalmente a página do Gizmodo americano por Wi-Fi, e 25 segundos via 3G nos testes. Não cronometrei quanto tempo levou no 3G da Vivo, mas abrindo a página do Giz BR, me senti dirigindo uma Ferrari por uma estrada esburacada do interior do Brasil. 

Ainda não há previsão de quando o iPad será vendido oficialmente no País, mas a versão apenas com o Wi-Fi deve chegar antes, lá por agosto, enquanto a versão com 3G depende dos planos das operadoras, que estão "estudando". Elas precisam, é bom lembrar, da bênção/homologação da Anatel, processo que pode demorar um bocado. E também ainda não sabemos se o SIM card 3G de outras operadoras, em outras frequências de banda, funciona perfeitamente – nos EUA, se você usar o iPad 3G na rede da T-Mobile, por exemplo, navegará apenas em EDGE.

De todo modo, se você quer comprar logo um iPad, peça para seu amigo/mula que ache um modelo 3G nos EUA – eles são um pouco mais caros, mas aparentemente é o melhor custo/benefício, agora que sabemos comprovadamente que funcionam no Brasil. [Valeu, Marcelo!]

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