iPad será lançado por outra operadora nos EUA – sem 3G

A Apple anunciou hoje que o seu iPad também será vendido nas lojas da Verizon, a maior operadora de celular dos EUA - e não será a versão 3G. Pode parecer que isso não diz muita coisa pra gente do Brasil, mas pode apontar rumos interessantes para a Apple e os tablets. 

A Apple anunciou hoje que o seu iPad também será vendido nas lojas da Verizon, a maior operadora de celular dos EUA – e não será a versão 3G. Pode parecer que isso não diz muita coisa pra gente do Brasil, mas pode apontar rumos interessantes para a Apple e os tablets. 

A primeira coisa a se notar é que o iPad a ser vendido na Verizon não é a versão 3G, mas a Wi-Fi. Junto – e com o plano de 20 dólares para consumo limitado a 1 GB de dados – virá o MiFi, que é basicamente um minimodem/roteador 3G, que pode amplificar o sinal para mais gente – não só o iPad, mas até 5 notebooks e celulares. A decisão pode ser baseada na tecnologia (o iPad é GSM, a Verizon é CDMA) mas pode apontar também um rumo para o gadget. No nosso mega-review, opinei que não valia à pena comprar a versão 3G a não ser que alguém fosse usá-lo como substituto do notebook para trabalhar – o que acho difícil. Como aparelho de consumo de mídia, o iPad é algo eminentemente Wi-Fi. Se for algo urgente, a Verizon nos diz para usar o MiFi ou algum celular que faça serviço semelhante (no caso, algo diferente do iPhone). O Galaxy Tab, da Samsung, que está indo exclusivamente para o caminho de venda com operadora, pode pensar melhor nos seus planos. Vale para o usuário pagar um serviço desses exclusivamente em um aparelho menos capaz que um notebook? 

Junto do anúncio da venda do iPad pela Verizon, veio a confirmação que o tablet começará a ser comercializado nas lojas da AT&T, também a partir de 28 de outubro (no mesmo esquema iPad Wi-Fi + modem 3G). Mas isso era algo esperado. Se extrapolarmos a notícia e pensarmos que essa parceria Apple-Verizon é apenas o primeiro passo que resultará no lançamento do iPhone pela rede da operadora no início do ano que vem, como vários rumores apontam, a coisa passa a ser mais importante.

Nos EUA, um dos pontos fortes de marketing do Droid (o nosso Milestone), é que ele era um smartphone bem capaz, na melhor rede de dados. Isso era bem importante na publicidade: a Verizon não te deixaria na mão, como o AT&T, que vende o iPhone com exclusividade, muitas vezes deixa. O que aconteceria se a Verizon passasse a vender iPhones? Se ela já vendesse – será que o Android teria se fortalecido tanto? Alguns analistas ouvidos pelo Electronista acreditam que o iPhone na Verizon atrairia 12 milhões de novos consumidores – e poderia frear o avanço do Android. Acompanhemos os próximos capítulos da novela.

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