Tecnologia

iPhone pode custar mais de R$ 20 mil após tarifaço de Trump; entenda

Tarifas impostas por governo norte-americano podem impactar fortemente as operações de empresas dos EUA

Especialistas acreditam que o tarifaço de Trump pode impactar significativamente o valor de produtos de empresas norte-americanas, incluindo produtos eletrônicos, como o iPhone, por exemplo. O governo tomou as medidas para encorajar a indústria local a produzir seus bens em território norte-americano. Assim, poderia gerar muitos empregos para os cidadãos do país.

Porém, à CNN, Dan Ives, chefe de pesquisa de tecnologia da Wedbush Securities, afirmou estar bem cético quanto aos resultados prometidos pela equipe do chefe do executivo. Ele declarou que, caso a Apple, por exemplo, transfira suas operações para os EUA, os iPhones podem passar a custar US$ 3.500, o equivalente a R$ 20.780.

Para quem está por fora dos últimos acontecimentos, a economia mundial passa por forte instabilidade. Isso na medida em que o presidente Donald Trump coloca em prática seu plano de aumentar as tarifas de importação para parceiros comerciais de longa data dos Estados Unidos.

O Brasil foi uma das nações impactadas pela decisão do Republicano, recebendo uma tarifa de 10%. No entanto, o percentual é bem inferior aos impostos que o governo de Trump estabeleceu para a China. O país asiático enfrenta uma taxa que chegou nesta semana a incríveis 145%.

O objetivo de Trump é fomentar o consumo de bens produzidos em território americano, mas muitas empresas estadunidenses devem sentir os impactos negativos do tarifaço, uma vez que concentram parte importante da fabricação de seus produtos em países estrangeiros — o que é comum especialmente na indústria da tecnologia.

Fabricação de iPhones nos EUA

Nas últimas décadas, as companhias do país passaram a focar no desenvolvimento de soluções de software e no design de seus eletrônicos. No entanto, a Ásia passou a fazer essa fabricação por questões econômicas.

A Apple, por exemplo, fabrica seus badalados dispositivos eletrônicos fora dos EUA. Os preços desses bens, embora sejam elevados em países emergentes como o Brasil, só são possíveis porque a produção em países asiáticos. A China, por exemplo, é menos custosa, se comparada com os Estados Unidos.

Transferir o ecossistema de produção extremamente complexo construído há décadas na Ásia também não seria fácil. Além da transferência demandar muitos recursos financeiros da gigante de Cupertino, o processo demoraria pelo menos duas décadas para ser totalmente concluído.

Aliás, uma operação bilionária de transferência da cadeia produtiva para os EUA seria inviável para boa parte das companhias de tecnologia do país. Isso porque, em muitos casos, considerariam mais vantajoso mudar a fabricação de produtos para qualquer outro país, antes de considerar o território norte-americano.

Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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