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Já não se fazem mais índios como antigamente

Se você continua com aquela imagem dos índios brasileiros com bermuda vermelha da Adidas, rosto pintado, cara de não estar entendendo muita coisa e vivendo apenas com costumes próprios, saiba que você está muito enganado. Por exemplo, na última sexta-feira, cinco índios da etnia Terena se perderam numa mata na cidade de Miranda, no Mato Grosso do Sul. Se isso já soa estranho, fica ainda mais absurdo quando se descobre que eles pediram resgate usando um celular.

Se você continua com aquela imagem dos índios brasileiros com bermuda vermelha da Adidas, rosto pintado, cara de não estar entendendo muita coisa e vivendo apenas com costumes próprios, saiba que você está muito enganado. Por exemplo, na última sexta-feira, cinco índios da etnia Terena se perderam numa mata na cidade de Miranda, no Mato Grosso do Sul. Se isso já soa estranho, fica ainda mais absurdo quando se descobre que eles pediram resgate usando um celular.

Bem, se vivemos num país onde há mais celulares do que habitantes, era de se esperar que um ou outro índio tivesse um aparelho. Agora a combinação índios perdidos na mata por oito horas + pedido de socorro via celular é bem incomum. Segundo a Polícia Militar, os cinco índios – dois homens e três mulheres – entraram numa área controlada pelo Exército para colher guaviras, fruta típica do local. A colheita, que começou às 9 horas da manhã, só terminou às 17h, após o resgate da polícia. Depois de não conseguirem achar a saída da mata e perderem a noção de espaço, um dos índios ligou para a polícia às 14 horas para solicitar resgate.

Tirando a parte da colheita de frutas, todo o resto dos acontecimentos foge dos clichês que envolvem os índios no Brasil. E isso talvez valha alguns momentos de reflexão: após anos de presença maciça dos homens brancos e de sua cultura, quantos índios ainda conseguem viver de forma puramente natural, como seus ancestrais? [Campo Grande News]

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