_Tecnologia

Jay-Z ressuscita o Tidal e quer que ele rivalize com demais serviços de streaming de música

Hoje foi o lançamento do Tidal, serviço de streaming de música que oferece versões em alta qualidade.

O rapper Jay-Z relançou na tarde desta segunda (30) o serviço sueco de música e vídeo por streaming de alta qualidade Tidal. A negociação foi feita em janeiro deste ano e custou cerca de US$ 56 milhões ao bolso do compositor. O relançamento contou com a presença de grandes músicos, como Usher, Madonna, Rihanna, Alicia Keys, Jack White, Daft Punk, Beyoncé, entre outros.

O objetivo do serviço, descrito como “a mais revolucionária plataforma de música e entretenimento já feita”, de acordo com uma porta voz do Tidal, é reestabilizar o valor musical, criando um lugar onde artistas e fãs andam juntos, além de retirar o poder criativo da tecnologia e devolvê-lo aos artistas.

O Tidal foi criado pela empresa escandinava Aspiro e seu grande diferencial é a possibilidade de oferecer música de alta qualidade — 16-bit FLAC — por streaming graças ao sistema conhecido por LossLess, no qual a perda de qualidade sonora é mínima.  Para se ter ideia da qualidade do serviço, enquanto o Spotify entrega músicas com qualidade de até 320 KBPS, o Tidal poderá entregar canções que em até 1.411 kbps — isso é quatro vezes mais qualidade de som, mas será que alguém nota a diferença? Você pode testar essa qualidade em um teste criado pelo serviço quando ele foi originalmente lançado aqui. Nele, uma mesma canção é exposta em duas qualidades: uma baixa e em outra equivalente ao máximo que o Tidal oferece. E aí, notou alguma coisa? Eu acertei 2 de 5, então, para mim, não faz muita diferença.

>>> Você consegue notar a diferença do som em arquivos de alta qualidade? Teste seus ouvidos.

Se para você o som é melhor, talvez seja interessante investir no serviço, porque além da qualidade sonora, o preço também é diferente, e neste caso a diferença é notada com muito mais facilidade: enquanto uma assinatura do Spotify custa US$ 9.99 por mês, o Tidal cobrará US$ 19.99 pelo mesmo período para o serviço com a melhor qualidade — um plano mais simples, com qualidade de som padrão, é ofertado pelo mesmo preço do rival.

É o dobro do preço por uma diferença que talvez nem seja tão notável. Entretando, para os fãs de Taylor Swift, talvez seja válido, uma vez que as músicas da musa teen — retiradas do Spotify em novembro do ano passado — já estão disponíveis no serviço do Jay-Z.

O Tidal conta oferece atualmente 25 milhões de música e 75 mil vídeos, mas tem apenas 17 mil assinantes. O Spotify, por sua vez, conta com 30 milhões de músicas e mais de 15 milhões de assinantes. O Tidal promete conteúdo exclusivo, mas ainda tem muito chão para chegar no mesmo número de assinantes que o Spotify e Jay-Z sabe disso — caso contrário não teria convidado tantos artistas para fazer parte do serviço e para propagandeá-lo.

O Brasil, no entanto, está de fora do Tidal — pelo menos por enquanto. Ainda não sabemos quanto ele custará por aqui e estamos de fora da lista de 31 países que podem testar o serviço gratuitamente. Teremos, então, que nos contentar com trechos de 30 segundos. [The Verge, POPLOAD]

Sair da versão mobile