Parece que o Departamento de Justiça dos EUA vai investigar o Google por práticas anticompetição

Segundo NYT e WSJ, Departamento de Justiça dos EUA vai investigar práticas anticompetição do Google na área de busca e propaganda.
Logotipo do Google em fundo preto
AP

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está preparando para lançar uma investigação antitruste contra o Google, segundo várias reportagens.

O Wall Street Journal relatou na sexta-feira (31) que o departamento tem conversado com a força tarefa da FTC (Comissão Federal de Comércio dos EUA) sobre lançar uma investigação sobre a as operações de busca e negócios de anúncios da gigante da tecnologia. Após decidir sobre quais itens devem ir adiante para uma nova investigação antitruste — a FTC investigou o Google anteriormente, mas encerrou o caso em 2013 —, o WSJ diz que os órgãos concordaram que o Departamento de Justiça deveria liderar uma nova investigação sobre a empresa.

Separadamente, o New York Times também fez uma reportagem sobre a investigação, embora o artigo tenha sido mais vago ao declarar que o Departamento de Justiça estava “explorando” a possibilidade em vez de preparar uma investigação em si. Citando fontes relacionadas ao assunto, o NYT informou que a FTC direcionou reclamações sobre a companhia para o Departamento de Justiça. Segundo o jornal, oficiais do departamento já tiveram algumas conversas sobre o assunto com as partes envolvidas.

Tentamos contato com um porta-voz do Google sobre os relatos, mas a empresa não tinha um posicionamento sobre o caso. O Departamento de Justiça e a Comissão Federal de Comércio também não se manifestaram.

De acordo com o NYT, a potencial investigação vem após a força tarefa antitruste da FTC analisar as práticas de busca e de propaganda do Google. A força tarefa, anunciada em fevereiro, foi estabelecida para investigar condutas anticompetitivas entre empresas de tecnologia. O presidente da FTC, Joe Simmons, disse em um comunicado da época que “faz sentido para nós examinar de perto as empresas de tecnologia para assegurar que os consumidores se beneficiem de uma competição livre e justa”. “Nossas Audiências Contínuas sobre Concorrência e Proteção ao Consumidor do Século 21 são um passo crucial para aprofundar nossa compreensão desses mercados e potenciais problemas competitivos. A força tarefa em tecnologia é o próximo passo neste esforço”, acrescentou.

A suposta investigação vem em um momento em que monopólios de empresa de tecnologia estão sendo alvo de escrutínio. O argumento, de modo geral, é que essas empresas têm muito poder e se engajam com táticas anticompetitivas para engolir os competidores ou tirá-los do seu ramo de atuação (O Google em si recebeu uma multa bilionária de reguladores europeus por práticas anticompetitivas).

Uma das principais críticas dessas companhias é a senadora Elizabeth Warren, candidata à presidência dos Estados Unidos, que tem pedido a divisão do Facebook, do Google e da Amazon — para ela, as empresas de tecnologia têm “muito poder em nossa economia, nossa sociedade e nossa democracia”.

“Quero um governo que assegure que todos — mesmo as maiores e mais poderosas empresas dos EUA — sigam as regras. E eu quero fazer com que a próxima geração de grandes empresas de tecnologia dos EUA possam prosperar”, disse ela em março. “Para fazer isso, precisamos parar esta degeneração de grandes companhias de tecnologia sobre o poder político que eles têm para moldar as regras em favor delas e usar o poder econômico delas para eliminar ou comprar todo concorrente em potencial”.

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