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[Kotaku] Review: PlayStation Move – A guerra dos controles de movimento começa agora

  A guerra dos controles de movimento começa agora.

A guerra dos controles de movimento começa agora.

Nos quatro anos desde o seu lançamento, o Nintendo Wii fez dos jogos com controles de movimento não apenas o seu domínio, mas também um negócio extremamente rentável. Mas quando 2011 chegar, a Nintendo estará de volta onde começou: competindo de igual para igual com dois fortes concorrentes pelos corações, as mentes e os membros erráticos dos jogadores.

O primeiro entre esses concorrentes, o PlayStation Move, chega às lojas no dia 19 deste mês de setembro, prometendo combinar a popularidade dos jogos de movimento com o poder gráfico e de processamento do PlatStation 3. 

Mas será que o Move consegue se diferenciar o bastante frente a um console que tornou tão natural o ato de se movimentar para jogar?

Vamos dar uma olhada.

Amor

Precisão: Jogando com um ou com dois Moves, o senso de precisão que se tem não poderia ser melhor. Certamente vai além de qualquer coisa que já tenhamos visto com o Wii Remote, e não demorou muito até começarmos a desconfiar que ele pode também ultrapassar a precisão do Wii MotionPlus. Em todos os jogos, o Move mostrou que o controle registra de maneira fácil e precisa inclinações, rotações e movimento em um espaço 3D.

Acervo de lançamento: O lançamento do PlayStation Move não se parece muito com o lançamento de um controle novo. Em vez disso, parece como se a Sony estivesse lançando uma nova plataforma de games, e de certa(s) forma(s) ela está. Apesar desta nova forma de jogar PlayStation não ter vindo com aquele jogo obrigatório que faz todo mundo querer comprar, tipo um Metal Gear Solid ou God of War exclusivo, ela tem uma forte linha de jogos de lançamento. Um grupo de jogos que insinuam o potencial de um novo sistema e dá uma noção do que o Move poderá um dia oferecer.

Design: O Move pode parecer engraçado (Stephen Totilo gosta de chamá-lo de "sorvete de casquinha para robôs"), mas é ótimo nas mãos. Ele é sensivelmente mais fino no meio, dando uma sensação sutil de estar segurando algo como um haltere, um peso de academia. O acabamento oferece uma pegada mais firme do que estamos acostumados, eliminando qualquer medo de que aquilo vá escapar da mão. Nós também adoramos a localização e o feeling do enorme botão Move no meio, assim como do gatilho analógico. O gatilho é bem parecido com o R2 e L2 do controle padrão do PlayStation 3. Mas em vez de ser curvo "para fora", o gatilho do Move é curvo para dentro, de forma a oferecer um espaço para o dedo se encaixar. O novo botão Move, localizado de forma central no controle, é uma oval sensível à pressão, meio molenga, mas que responde muito bem.

Bola: A coisa mais óbvia sobre o design do Move é a sua grande e vazia bola de borracha branca no topo. A bola se ilumina em diferentes cores, mas não está ali somente para facilitar o reconhecimento da sua posição pela câmera do PS3. Nós também descobrimos que os desenvolvedores usam a capacidade da bola de mudar de cores instantaneamente para incrementar a jogabilidade. A bola pisca determinadas cores em alguns jogos, denotando seus movimentos ou reações a acontecimentos do jogo. Esta resposta sensorial extra tem um potencial bacana, e mostra que a Sony pensou um pouco além de simplesmente oferecer uma versão melhorada do que já existe no mercado de games de movimento.

Finalmente, realidade aumentada: Não vimos muito disso ainda, mas o PlayStation Move é ótimo para realidade aumentada, e faz isso de um jeito que você vai gostar. Jogos como Start The Party, EyePet e mesmo Sports Champions experimentam com a ideia de transformar o Move em um objeto de fantasia quando ele aparece na tela. A primeira vez que você se vê na tela segurando uma arma cartunizada ou um objeto bobo qualquer é muito legal. Imagine o que os desenvolvedores podem fazer com isso em jogos mais sérios daqui a um ou dois anos.

Preço: Dependendo do que você já tem em casa, dá pra entrar na brincadeira por US$ 50 (se você já tiver o videogame e a câmera). Mas mesmo que não, a coisa boa aqui é que a Sony está dando opções, muitas opções. Dá pra comprar o Move já com o console, com a câmera, com acessórios, sozinho… opções nunca são demais. 

Recarregável: Os controles Move têm baterias recarregáveis. Você pode usar um cabo USB ou recarregadores de terceiros que funcionem nos controles normais para dar uma sobrevida aos Moves. Se estiverem ligados no PS3, isso ainda significa ter que deixar o console ligado; por mais que isso ainda seja algo que a gente odeia, é melhor que ter que trocar pilhas. 

Ódio

Calibrar de novo? Uma coisa que nos deu nos nervos enquanto testávamos o Move foi a quantidade de vezes que ele quis se recalibrar. Raríssimas vezes isso interrompeu uma sessão de jogo, mas era frequente entre missões, entre telas. Tão frequente, aliás, que ficamos pensando se não há um problema de degradação do sinal ou algo assim; algo que possa significar uma preocupação em sessões de jogo mais longas ou em jogos sem interrupções. 

Distribuição dos botões: Nós adoramos o grande botão Move e o gatilho, mas não somos fãs dos icônicos botões quadrado, triângulo, círculo e X. Eles são pequenos e o seu posicionamento ao redor do botão Move é apertado, frustrante e dificulta o uso. 

XMB sensível: O Move não é só para jogar. Você também pode usar o controle para se movimentar pelos menus do PS3. Em vez de usar o controle como um apontador digital, mais ou menos como o Wii, o sistema usa o movimento do Move para mover os menus. Só que ele consegue ser sensível demais e de menos ao mesmo tempo nessas horas. Isso pode ser corrigido com um patch, ou mesmo com um sistema de menus repensado para o Move, mas de uma forma ou de outra, do jeito que está agora, não funciona bem. 

Há dois modos de encarar o PlayStation Move, ou qualquer método de jogos de movimento que não seja o Wii: você pode considerá-lo em um vácuo, sem comparar com o Wii. Ou pode fazer a comparação com o concorrente óbvio. Felizmente para o Move, qualquer seja o modo como você o analise, parece bom o suficiente para competir. A pergunta é se ele vai conseguir se distanciar do console que não apenas detém o mercado, como praticamente o inventou.

O PlayStation Move é uma maneira intuitiva e natural de jogar, e traz uma maior sensação de estar ainda mais imerso em jogos que já são imersivos pelos seus gráficos. Uma nova maneira de brincar com a sua realidade. 

O PlayStation Move foi desenvolvido e distribuído pela Sony Computer Entertainment como um acessório para o PlayStation 3 e começa a ser comercializado em 19 de Setembro. E será vendido por US$ 50, US$ 100 ou US$ 400, dependendo se você precisar ou não da câmera ou console. Conjuntos de controles Move e jogos foram nos dados pela Sony para o review. Nós jogamos múltiplos títulos, usamos e abusamos dos controles, até tentamos quebrá-los, experimentando e nos divertindo por cerca de uma semana. 

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