Lançamento do Crew Dragon da SpaceX promete nova era de exploração espacial para os EUA

O lançamento marcado para este fim de semana representa o início dos voos regulares de tripulações para a ISS partindo dos EUA.
Imagem: SpaceX/NASA
Uma foto adequada para um lançamento em tempos de pandemia: astronautas da missão SpaceX Crew-1 da NASA, da esquerda para a direita, Soichi Noguchi, Michael Hopkins, Shannon Walker e Victor Glover. Esta foto foi tirada em 8 de novembro de 2020. Imagem: SpaceX/NASA

A NASA e a SpaceX têm como meta lançar neste sábado quatro astronautas para a Estação Espacial Internacional. Espera-se que este seja o primeiro de muitos voos regulares de tripulações para o espaço partindo dos EUA. Aqui está o que você precisa saber sobre esta missão histórica e como você poderá assistir a ela.

A era da Commercial Crew (ou “tripulação comercial”, em referência às missões tripuladas) da NASA, depois de nove longos anos, finalmente chegou. Desde a aposentadoria do Programa do Ônibus Espacial em 2011, os Estados Unidos não conseguiam lançar astronautas em órbita de forma independente sem a ajuda de parceiros externos — a saber, a Rússia.

A missão Demo-2 do início deste ano, na qual os astronautas da NASA Robert Behnken e Douglas Hurley foram colocados em órbita a bordo de uma espaçonave SpaceX Crew Dragon, foi exatamente o que o nome sugere: uma demonstração.

O próximo lançamento é pra valer, e representa o início dos voos regulares de tripulações para a ISS partindo dos EUA.

O lançamento do Resilience, como este Crew Dragon em particular é chamado, está agendado para sábado, 14 de novembro às 19h49 ET (21h49, horário de Brasília) do Complexo de Lançamento 39A no Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida. Você poderá assistir ao vivo aqui mesmo, graças ao stream oficial da NASA.

Se o lançamento tiver que ser adiado, a NASA e a SpaceX tentarão novamente no domingo, 15 de novembro, às 19h27 ET (21h27, horário de Brasília). A Força Aérea dos Estados Unidos está prevendo uma chance de 70% de clima favorável no sábado. Nuvens cumulus e precipitação agitada pela tempestade tropical Eta são as principais preocupações.

No início desta semana, a NASA e a SpaceX concluíram a certificação do combo Crew Dragon-Falcon 9, que agora é o primeiro sistema espacial comercial classificado por humanos na história dos Estados Unidos.

Na quarta-feira (11), os planejadores da missão completaram um teste estático de decolagem do Falcon 9, que foi bem-sucedido. No ensaio, os nove motores Merlin de primeiro estágio do foguete foram acionados por sete segundos, então parece que estamos prontos para partir. O foguete de primeiro estágio Falcon 9 tentará pousar na embarcação não-tripulada Just Read the Instructions, que ficará estacionada no Oceano Atlântico.

Falcon 9_NASA/Joel KowskyQuase pronto para partir: Falcon 9 na plataforma de lançamento, 14 de novembro de 2020. Imagem: NASA/Joel Kowsky

A tripulação do CrewDragon — os astronautas da NASA Mike Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker, e o astronauta da JAXA Soichi Noguchi — chegará à ISS cerca de 11 horas após o lançamento, onde se juntarão a Kate Rubins, Sergey Ryzhikov e Sergey Kud-Sverchkov, membros da tripulação da Expedição 64.

Com sete tripulantes, a ISS atingirá a capacidade em termos de ocupação, de acordo com a Sociedade Planetária. Eles precisarão se aconchegar e se dar bem — a Expedição 64 está programada para durar seis meses (será que desodorante é permitido no espaço?).

Eles têm uma montanha de trabalho científico e técnico pela frente. Além de entregar novo hardware científico ao posto orbital, a tripulação estudará maneiras de melhorar as dietas no espaço, investigar a função cerebral e cardíaca dos astronautas, cultivar alguns rabanetes e trabalhar com micróbios biomineradores (como parte de um experimento em andamento), entre outros projetos científicos. Eles também vão testar componentes destinados ao próximo traje lunar Artemis, chamado xEMU.

Vamos torcer para que tudo corra bem e que esta tripulação de sete pessoas não seja prejudicada pelos problemas atuais da ISS, sejam eles vazamentos de ar, vasos sanitários quebrados ou fornos com defeito. Podem ser longos seis meses.

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