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LED capaz de alterar a própria cor pode abrir o caminho para telas com resoluções incrivelmente altas

Pesquisadores de diversas universidades ao redor do mundo descobriram uma maneira diferente de produzir LEDs, o que pode abrir o caminho para telas com resoluções incrivelmente altas. Pela primeira vez, um único LED pode mudar sua própria cor. O atual design e composição dos LEDs limitam a tecnologia a produzir luz em uma única cor. […]

ACS Photonics Journal

Pesquisadores de diversas universidades ao redor do mundo descobriram uma maneira diferente de produzir LEDs, o que pode abrir o caminho para telas com resoluções incrivelmente altas. Pela primeira vez, um único LED pode mudar sua própria cor.

O atual design e composição dos LEDs limitam a tecnologia a produzir luz em uma única cor. “Mas cara, como assim? E minha lâmpada de LED que muda de cor?”. Na real, essas lâmpadas se valem de um conjunto de LEDs, em que cada uma produz a luz vermelha, verde ou azul. Quando suas intensidades individuais são ajustadas, as cores que cada uma produz são misturadas para gerar um tom específico.

TVs LCD com backlight de LED funcionam de maneira similar. Para produzir um pixel de uma cor, são necessários três LEDs filtrados. Até mesmo os MicroLEDs, último grande avanço em telas de TV, exigem um trio de diodos minúsculos que produzem luz para se ter um único pixel – o que, no final das contas, limita a quantidade de pontinhos que podem ser inseridos em uma determinada área e geram a resolução.

Em um artigo publicado recentemente no ACS Photonics Journal, pesquisadores da Universidade Lehigh e West Chester University na Pensilvânia; Universidade de Osaka, no Japão e da Universidade de Amsterdã, na Holanda, detalham uma nova técnica para produzir LEDs.

Essa técnica utiliza um raro íon chamado európio que, quando combinado com nitreto de gálio (uma alternativo ao silício que já está presente em eletrônicos), permite que a cor de um LED seja ajustada a qualquer momento.

A receita secreta envolve a forma como a energia é utilizada para excitar o európio e o nitreto de gálio – diferentes proporções e intensidades de corrente podem ser aplicadas seletivamente para produzir a emissão das três cores primárias: vermelho, verde e azul.

Utilizando essa técnica, as lâmpadas de LED com temperaturas de cor específicas poderiam ser produzidas e vendidas a preços menores, uma vez que as cores de múltiplos LEDs não precisariam ser misturadas.

A tecnologia poderia oferecer benefícios similares para TVs e telas de dispositivos móveis. Em vez de três LEDs (um vermelho, outro verde e outro azul) necessários para gerar cada pixel, um único LED de Európio poderia fazer todo o trabalho. Mais animador do que produtos mais baratos é o fato de que substituir três LEDs por um poderia resultar em telas com o triplo de resolução.

Seus olhos provavelmente não seriam capazes de distinguir quantos pixels têm na tela de um celular, mas em displays menores, como os utilizados em câmeras digitais, esse avanço representaria uma melhoria notável.

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