Lei quer banir Eduardo Saverin, ex-americano, de voltar aos EUA

“Não volte nunca mais.” Essas palavras estamparam a capa do Huffington Post depois da polêmica envolvendo Eduardo Saverin, co-fundador do Facebook, que desistiu de sua cidadania americana. Até então, Saverin ficou em silêncio, falando apenas através de seu porta-voz. Agora ele mesmo se manifestou – mas será o bastante? Senadores americanos já querem bani-lo para […]

“Não volte nunca mais.” Essas palavras estamparam a capa do Huffington Post depois da polêmica envolvendo Eduardo Saverin, co-fundador do Facebook, que desistiu de sua cidadania americana. Até então, Saverin ficou em silêncio, falando apenas através de seu porta-voz. Agora ele mesmo se manifestou – mas será o bastante? Senadores americanos já querem bani-lo para sempre dos EUA.

Saverin diz à Forbes:

“Minha decisão de expatriar foi baseada somente no meu interesse em trabalhar e morar em Cingapura, onde eu estou desde 2009… Eu sou obrigado e vou pagar centenas de milhões de dólares em impostos ao governo dos Estados Unidos. Eu paguei e vou continuar a pagar quaisquer impostos devidos em tudo o que ganhei enquanto cidadão dos EUA.”

O co-fundador do Facebook renunciou à sua cidadania americana em setembro do ano passado. No entanto, o assunto surgiu às vésperas do IPO (oferta pública de ações) do Facebook – Saverin tem 4% das ações da empresa. Saindo antes do IPO, Saverin poderia economizar cerca de US$67 milhões em impostos. No entanto, ele ainda terá que pagar cerca de US$365 milhões em imposto de renda – ele não está exatamente fugindo do leão.

Mas poucos mencionam isto ao falar do assunto nos EUA. A maioria apenas se mostra irritada e decepcionada com Saverin, porque ele ganhou muito dinheiro com o país e agora, supostamente por mesquinharia, desistiu de ser americano.

Foi esse sentimento que levou dois senadores americanos, Chuck Schumer e Bob Casey, a propor o Ex-PATRIOT Act: o projeto de lei cobraria um imposto retroativo de 30% para quem desistir da cidadania para driblar impostos. Isto seria avaliado pelo IRS (Receita Federal americana). Além disso, se o IRS decidir que os impostos tiveram peso na hora da expatriação, o indivíduo seria banido para sempre de entrar nos EUA. É o caso de Saverin.

O senador Casey diz que Saverin “cospe na cara do povo americano” ao largar a cidadania para pagar menos imposto, enquanto Schumer diz: “acontece que o país onde ele escolheu morar, Cingapura, não tem imposto sobre ganhos de capital”. Vale lembrar que, como Cingapura não reconhece dupla cidadania, para morar lá Saverin não poderia ser mais americano.

[Forbes e ABC News via The Verge; Ex-PATRIOT Act via Gizmodo US]

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