[Lifehacker] Básico da Fotografia Parte I: Tirando fotos melhores ao entender como sua câmera digital funciona

Com tantas câmeras disponíveis, descobrir todas as especificações e opções e traduzir isso no seu uso diário é complicado. Para a nossa primeira aula no básico da fotografia, nós iremos aprender como as câmeras funcionam e tentar mostrar o que isso significa para você em termos de escolher a câmera certa para comprar e como […]

Com tantas câmeras disponíveis, descobrir todas as especificações e opções e traduzir isso no seu uso diário é complicado. Para a nossa primeira aula no básico da fotografia, nós iremos aprender como as câmeras funcionam e tentar mostrar o que isso significa para você em termos de escolher a câmera certa para comprar e como isso afeta suas fotos.

Os componentes

Sua câmera é feita de muitas partes, mas nós iremos olhar com mais cuidados algumas poucas, já que elas são as mais importantes. Nós iremos explicar mais detalhadamente daqui a pouco, mas eis aqui um resumo básico dos componentes sobre os quais nós iremos falar :

O corpo é onde sua câmera fica guardada. Apesar de não contribuir muito para a qualidade das suas fotos, ele afeta coisas como facilidade em usar e conforto.

As lentes são os olhos da câmera, e é um instrumento bastante complexo. Lentes diferentes podem fornecer atributos diferentes, então é importante saber as diferenças entre elas. Em aulas mais pra frente, nós também discutiremos como as lentes funcionam e como afetam suas fotografias.

O cartão de memória é onde você guarda suas imagens, e é um componente que a maioria das pessoas não pensa muito sobre quando está comprando uma câmera, tirando escolher a quantidade de espaço que se encaixa em suas necessidades. Entretanto, os cartões de memória também variam na velocidade de gravação e leitura, e cartões lentos podem degradar significativamente a performance de sua câmera. Nós iremos dar uma olhada o que cada tipo de cartão significa e o mínimo de velocidade que você precisa para usos diferentes.

A bateria faz diferença na câmera como qualquer outro dispositivo eletrônico. Apesar de esta ser uma parte fácil de entender, nós iremos explicar mais a fundo como entender a aplicação real da vida útil da bateria e quando câmeras com baterias menos potentes podem ser uma opção melhor.

 

O corpo

O design do corpo da câmera afeta o usuário de algumas maneiras. Primeiro, o tamanho do corpo pode ter um grande impacto no conforto quando está sendo segurada e usada. Quem tem mãos pequenas terá dificuldade com corpos grandes e, vice-versa. Antes de comprar uma câmera, é uma boa idéia segurá-la e tirar algumas fotos para que você descubra se será confortável usá-la regularmente.

O tamanho muitas vezes também afeta a localização dos botões, mostradores, e outras partes do hardware que você precisará tocar e apertar para operar a sua câmera. O posicionamento de câmeras point-and-shoot pequenas tende a ser bem simples, porque existem menos controles de hardware, mas no momento que você passa para uma DSLR menor (como a série Rebel da Canon) esse número aumenta significativamente. Em DSLRs high-end, o espaço extra tende a garantir que as suas mãos sempre conseguirão controlar e acessar facilmente os controles mais importantes. Entretanto, isso é uma generalização, e você terá que testá-los por si mesmo. Quando fizer isso, ajuste as configurações da câmera e vejo o que cada botão faz no modo manual (então você ficará consciente de todos os seus recursos). Se parecer desconfortável ou estranho para fazer os ajustes que você terá que fazer com frequência, você pode querer considerar um modelo diferente.

Apesar da maioria das câmeras serem bem semelhantes, as pequenas diferenças no design do corpo pode ter um impacto significativo na facilidade de usar. Apesar de você normalmente julgar as habilidades da câmera sem nunca usá-la, você precisa testá-la pessoalmente e ter certeza que tudo parece certo.

 

As lentes

Certos tipos de lentes são melhores para algumas situações, então é importante saber suas classificações e diferenças. A primeira coisa que vale a pena notar é a diferença entre lentes de zoom e lentes primárias. Lentes de zoom – como você provavelmente imaginou – permitem que você dê zoom. Apesar de terem essa vantagem, elas geralmente são mais caras, mais pesadas e maiores. Lentes primárias por outro lado, não permitem que você dê zoom, mas elas normalmente são mais baratas, mais leves e menores. Em muitos casos, lentes primárias vão dar imagens mais nítidas do que as de zoom quando ambas custarem pouco. Quando você começa a pagar milhares de dólares por lentes, o desempenho delas tende a ser um pouco mais igual.

A próxima coisa que você precisa entender é a diferença entre as lentes grande-angular, normal, média, teleobjetivas e ultra teleobjetivas. Todos esses termos estão baseados na distância focal da lente, que é uma definição complexa que está além do que iremos abordar nessa aula (se você ficou curioso, leia sobre isso na Wikipedia). O que você precisa saber é que a distância focal é medida em milímetros (mm) e você pode pensar nele como quanto a imagem vai ser ampliada. Um número baixo aumenta a profundidade de campo e as coisas podem parecer estar mais longe, um número maior diminui a profundidade de campo e tudo parece estar mais perto. Eis o que você precisa saber sobre cada tipo:

Lentes grande-angular são essencialmente quaisquer lentes com a distância focal até 35mm. Quanto maior a amplitude da lente (e menor a distância focal), mais as lentes podem ver. As lentes olho de peixe tem uma amplitude muito grande e normalmente uma distância focal entre 8-10mm. Uma lente grande-angular normal é normalmente entre 14-28mm. Como você pode ver na foto acima, lentes grande angular capturam mais coisas na imagem. Elas também distorcem o espaço, aumentando a profundidade e fazendo ele parecer mais esférico. Isso pode ser tanto um efeito desejado quanto indesejado, dependendo das circunstâncias. Algumas lentes grande angular incluem tecnologia que corrige a distorção, mas essas lentes quase sempre são significativamente mais caras.

 

Lentes normais/padrão são geralmente entre 35-50mm e tendem a representar o espaço mais ou menos da maneira que o olho humano vê. Lentes grande-angular tendem a distorcer o espaço e passam a impressão de mais profundidade. Lentes teleobjetivas achatam o espaço. Lentes padrão são o meio termo e produzem imagens que parecem realistas para a maioria das pessoas. Uma lente primária de 50mm é frequentemente a lente mais barata que você pode comprar com um nível de qualidade que rivaliza com lentes de zoom que custam centenas de dólares mais. Lentes normais são as lentes mais versáteis porque elas são um meio termo bacana entre os tipos mais extremos, mas elas frequentemente são inúteis se você estiver em um espaço pequeno e precisa de amplitude, ou se estiver distante do objeto que está fotografando e precisa do poder de ampliação de uma teleobjetiva.

 

Lentes médias normalmente variam entre 60-100mm e não são geralmente um tipo que você quer como primária a menos que você tenho um objetivo específico em mente (alguns preferem lentes primárias de 60mm e 85mm para fazer retratos, por exemplo). Esta faixa normalmente engloba lentes de zoom, e isso é geralmente onde você vai querê-las. Muitas lentes de zoom normais começam bem amplas como por exemplo 28mm e terminam em 70mm, pelo menos. Uma zoom padrão boa vai englobar essa faixa.

 

Lentes teleobjetivas são o que você quer para dar zoom em algo que está bem distante. Praticamente qualquer coisa acima de 100mm é considerado uma teleobjetiva, e qualquer coisa acima de 400mm é considerada uma lente ultra objetiva. Apesar de lentes teleobjetivas poderem ampliar a imagem muitas vezes, e serem necessárias quando você não pode chegar perto do que estiver fotografando, elas são pesadas e mais suscetíveis a motion blur (como resultado do movimento da câmera), e não se saem bem com pouca luz. Você irá encontrar algumas opções que são compactas, vem com estabilização da imagem (para prevenir motion blur), e oferecem aberturas mais amplas (para se sair melhor com pouca luz), mas todos esses recursos aumentam seu custo significativamente.

 

O sensor e CPU

O sensor é a parte da sua câmera que captura a exposição da luz filtrada através da lente. Para o objetivo dessa essa aula, nós iremos chamar isso apenas de imagem. A maneira que o sensor foi produzido, e quão grande ou pequeno ele é, tem um efeito muito grande no resultado final: a sua fotografia.

Primeiramente, o tamanho dos sensores importa. Câmeras compactas point-and-shoot têm sensores bem pequenos e a diferença em tamanho entre eles é um fator menor quando se escolhe uma câmera. Quando se trata de câmeras com lentes intercambiáveis, que incluem DSLRs e câmeras MILC/CSC/EVIL (que são basicamente câmeras tipo DSLR compactas e mirroless que com bastante frequência – mas nem sempre – tem sensores menores), o tamanho do sensor tem um impacto maior. Geralmente sensores maiores tem uma performance melhor com pouca luz, melhor controle sobre a profundidade de campo, e produzem imagens com resolução maior e menos ruído do que um sensor menor.

A maioria das DSLRs tem um tamanho de sensor que é mais conhecido como APS-C. Um sensor APS-C é mais ou menos a metade do tamanho de um frame de um filme de 35mm e geralmente ampliam todas as lentes em 1.6x. Isso significa que usando uma lente de 35mm em uma DSLR com um sensor APS-C é basicamente a mesma coisa de usar lentes de 56mm em uma câmera normal de 35mm. Isso é uma boa notícia para lentes teleobjetiva mas más notícias para as grande-angular, já que cada lente não fica tão ampla quanto anunciada quando colocada em uma câmera baseada em APS-C. Uma lente olho-de-peixe 10mm irá produzir fotos como uma lente grande-angular de 16mm. Não é um grande fator negativo para a maioria das pessoas, mas é importante saber.

Algumas DSLRs high-end tem sensores full-frame, como a popular Canon 5D Mark II, que é equivalente ao tamanho de um frame de um filme 35mm. DSLRs com sensor full-frame tem os benefícios previamente mencionados de ter um sensor grande, mas também não estão sujeitas à ampliação de 1.6x como você terá nos sensores APS-C. Basicamente, uma DSLR com sensor full-frame é o mais perto que você vai conseguir de ter o resultado de um filme 35mm usando uma câmera digital.

Apesar do design do sensor ser bastante relevante à qualidade da imagem, e a única maneira de você conseguir ser capaz de julgar essa qualidade com certeza é ver ou produzir imagens de teste, você deve prestar atenção ao número de megapixels do sensor. Em geral, quanto mais megapixels enfiados em um sensor, mais ruído você irá encontrar em determinada imagem. Este é o motivo pelo qual você não necessariamente irá querer escolher uma câmera com um número alto de megapixel – especialmente se a câmera tiver um sensor menor. Para a maioria das pessoas, mesmo uma câmera de 6.3 megapixel é suficiente, mas qualquer coisa entre 8-10 megapixel deve ser mais do que suficiente. O ponto é, você não compra simplesmente uma câmera ao invés de outra porque ela tem um número maior de megapixel. Ela pode produzir mais ruído, e resultados menos desejáveis, então você sempre deve testar primeiro.

 

O cartão de memória

Cartões de memória vem em diversos tamanhos diferentes, mas eles também tem velocidades diferentes. Atualmente é mais provável que você acabe com um cartão SD ou CompactFlash. A velocidade de seu cartão é importante porque a maioria das câmeras hoje em dia são bastante rápidas. Você pode tirar muitas imagens seguidas rapidamente, mas se o seu cartão tem uma velocidade de gravação lenta, ele não conseguirá acompanhar. Para cartões SD, você ficará melhor com um cartão classe 6. Para o CompactFlash, um cartão de 133x se sairá bem.

Muitas DSLRs e câmeras compactas tem capacidade de gravação de vídeo, e gravar esse tipo de dado requer um cartão de memória mais rápido. Cartões SD classe 6 ainda serão suficientes para a maioria das point-and-shoots, mas se a sua DSLR capaz de produzir vídeos usa cartões SD, você provavelmente irá querer um classe 10. No entanto, cartões classe 10 não tão todos iguais, e alguns são apenas um pouco mais rápidos do que um classe 6. Na maioria dos casos um classe 10 deve ser suficiente, e qualquer coisa com a velocidade máxima de gravação de 15MB por segundo deve ser mais do que suficiente. Claro, não tem nenhum problema em pegar um cartão mais rápido e alguns cartões SD classe 10 são capazes de gravar em velocidades duas vezes mais rápidas que isso. Cartões CompactFlash são frequentemente usados em DSLRs high-end porque eles são capazes de gravar mais rápido com um custo menor (principalmente porque eles são fisicamente maiores e é mais fácil de conseguir isso graças à seu tamanho). Um cartão CompactFlash 233x ou superior deve conseguir fazer vídeos na maioria das DSLRs bem, mas cartões mais rápidos definitivamente irão fazer as coisas rodarem mais suave.

A bateria

A maioria das DSLR vem com uma bateria que irá durar o dia todo, mas point-and-shoot compactas e MILC/CSC/Evil não necessariamente vem com tal luxo. Quando considerando algo mais compacto, você tem que levar em conta tanto a duração da bateria, quanto o custo de uma bateria reserva. Algumas vezes você pode comprar uma câmera melhor com uma duração de bateria pequena, mas o custo de uma bateria adicional não é muito grande. Se você não se importa em colocar duas baterias para carregar, essa pode ser uma boa opção.

Com DSLRs você frequentemente tem uma boa bateria, mas às vezes essa bateria irá se sair melhor em certas circunstâncias. DSLRs não requerem o uso da tela LCD e você normalmente irá tirar fotos através do viewfinder. A bateria irá durar muito mais quando a tela LCD não estiver ligada, então as empresas normalmente fornecem dois números para a duração da bateria: Um indicando a quantidade de fotos que você pode tirar, e um indicando o na quantidade de horas que a bateria irá durar. O número de horas geralmente se refere ao tempo que a câmera pode funcionar ativamente com a tela LCD ligada, e o número de fotos é simplesmente quantas fotos você pode esperar tirar sem a ajuda da tela LCD. Quando julgar a duração da bateria de uma câmera em particular, primeiro leve em consideração se você planeja usar mais com a tela LCD ligada ou desligada.

 

Outras considerações

O processador da sua câmera também é importante, mas a maioria hoje em dia é rápida e isso está se tornando quase irrelevante. Se ela consegue aguentar mais de 7 frames RAW sucessivamente, ou 20-alguma-coisa JPEGS, ela nunca parecerá lenta.

Se sua câmera vem com flash, você pode querer descobrir quão claro ele é e testar se a luz que ele produz é suficiente. Na maioria dos casos, ela não será. Se você realmente precisa de um flash, você se sairá melhor com um externo, então não fique desencorajado se a sua câmera não tiver um.

Esperamos que isso te dê uma ideia melhor de como as partes de sua câmera funcionam e te ajude a escolher a certa se você está procurando uma para comprar. Na próxima aula, nós iremos mais a fundo nas configurações da sua câmera.

 

Você pode seguir Adam Dachis, o autor desse post, no TwitterFacebook. Mas o Twitter é a melhor maneira de entrar em contato com ele.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas