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LinkedIn demite mais de 900 funcionários por impacto da pandemia

Embora o LinkedIn seja uma plataforma focada em trabalho e carreira, seus funcionários não foram poupados da onda demissões causada pela pandemia do novo coronavírus.

Ícone do LinkedIn

Crédito: Martin Bureau/Getty

Embora o LinkedIn seja uma plataforma focada em trabalho e carreira, seus funcionários não foram poupados da onda demissões causada pela pandemia do novo coronavírus. Nesta terça-feira (21) o CEO da empresa, Ryan Roslansky, anunciou em um blog post que demitiria 960 funcionários – ou cerca de 6% do total da força de trabalho global da empresa.

De acordo com Roslansky, a maior parte desses empregos será cortada dos setores de vendas e recrutamento da empresa, já que ninguém está realmente contratando como antigamente.

“O LinkedIn não está imune aos efeitos da pandemia global”, escreveu ele. “Nosso negócio de Soluções de Talento continua a ser impactado, pois menos empresas, incluindo a nossa, precisam contratar no mesmo volume que anteriormente.”

“Quando analisamos o negócio, decidimos que precisávamos fazer algumas decisões difíceis”, acrescentou ele.

É uma ironia que uma rede social centrada em trabalho precise demitir cerca de 1.000 pessoas, mas as contratações estão em baixa neste momento, de fato. Não apenas para o LinkedIn, mas para todos.

Os próprios dados da plataforma nos mostraram isso há alguns meses. Na época, Karin Kimbrough, economista-chefe da plataforma, apontou que as taxas de contratação caíram por volta de abril, apresentando queda de 40% em relação ao números do ano anterior.

As taxas de desemprego atingiram cerca de 14% naquele mês, com algumas pessoas comparando a crise econômica com o período da Grande Depressão.

Embora os EUA tenham começado a sair desta tendência de demissões, o processo tem sido lento, e de forma alguma significa que os empregos em qualquer uma dessas indústrias estejam muito seguros.

Os EUA viram um surto de casos de coronavírus em muitas regiões, tornando os dados de recuperação esperançosos de junho um pouco menos esperançosos a partir do momento em que foram publicados.

Quando mais de dois mil funcionários do setor tecnológico foram pesquisados sobre seus sentimentos sobre o tema no mês passado, 42% deles sentiram que estavam “em risco de serem demitidos” dentro dos próximos seis meses, mesmo que o setor tecnológico continue a ser recompensado por estarmos confinados em nossas casas, possivelmente mais dependentes de seus produtos do que nunca.

E isso vale para o LinkedIn também. Em abril – novamente, um mês em que as taxas de desemprego dispararam em todo o país – a plataforma relatou um número recorde de pessoas à procura de emprego, chegando a 690 milhões de membros cadastrados, 15 milhões a mais do que eles relataram em janeiro deste ano.

Mas estes números, juntamente com os “níveis recordes de engajamento” que vieram com eles, não foram suficientes para ajudar a situação financeira do LinkedIn considerando essas demissões como um indicador.

As notícias não são todas ruins, no entanto. De acordo com o memorando de Roslansky, a empresa irá oferecer 10 semanas de indenização a seus funcionários recém demitidos e seguro saúde por um ano inteiro para seus funcionários dos EUA, “para dar aos funcionários e suas famílias paz de espírito durante tempos incertos.”

O LinkedIn também irá “contratar para funções recém-criadas em toda a empresa”, dizendo que “trabalhará com os funcionários afetados pelo anúncio desta semana para explorar essas oportunidades”. Esperamos que seus perfis no LinkedIn venham a ser úteis.

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