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Luzes de LED acabam com o truque do branco brilhante dos detergentes

A iluminação feita com LEDs é excelente. Usando a lâmpada certa, você tem a luz que precisa gastando apenas uma fração da energia utilizada pelas lâmpadas comuns. Mas há uma desvantagem: enquanto os LEDs fazem com que a iluminação das cidades se torne uma visão incrível, a maior parte delas obscurece o truque ultravioleta que […]

A iluminação feita com LEDs é excelente. Usando a lâmpada certa, você tem a luz que precisa gastando apenas uma fração da energia utilizada pelas lâmpadas comuns. Mas há uma desvantagem: enquanto os LEDs fazem com que a iluminação das cidades se torne uma visão incrível, a maior parte delas obscurece o truque ultravioleta que os detergentes de lavar roupas usam para fazer com que as roupas brancas pareçam mais claras. Ou seja: elas mostram o quanto aquela sua camisa meio velha está encardida.

A ciência por trás do negócio é interessante. Muitos detergentes de lavar roupa contêm agentes fluorescentes embranquecedores, ou FWAs, que absorvem a luz ultravioleta e a re-emitem com um comprimento de onda azul e visível. Esse tom levemente azulado ajuda a disfarçar o amarelado e acaba fazendo com que um trapo velho pareça ser de um branco radiante.

Se você já tivesse lavado sua roupa durante uma rave iluminada com luz negra (quem nunca, né?), você poderia ter visto os FWAs em ação:

Sim, seu amaciante parece uma parada de um filme de ficção científica

A maior parte da iluminação de LED disponível hoje em dia emite pouca ou nenhuma luz na parte ultravioleta do espectro. E como uma equipe de pesquisa da Universidade Estadual da Pensilvânia liderada pelo Dr. Kevin Houser descobriu, isso faz com que os FWAs se tornem inúteis.

Num estudo que gerou o artigo publicado no LEUKOS desse mês (a publicação da Sociedade de Engenharia de Iluminação da América do Norte), Dr. Houser e seus ajudantes pediram que 39 indivíduos não daltônicos classificassem cinco peças de material idêntico com base em gradações de brancura. Cada item continha uma concentração diferente de FWAs.

Debaixo de uma luz halógena comum, os participantes eram capazes de ordenar os itens do mais encardido para o mais brilhante sem problemas, classificando-os com precisão da menor para a maior concentração de FWAs. Mas sob a luz de LED, no entanto, a ilusão desmoronou: como o LED não emite luz ultravioleta, o efeito do FWA desapareceu. Aí os participantes simplesmente ordenaram as amostras de tecido de forma aleatória.

Mas o Dr. Houser e sua equipe também descobriram que “LEDs que têm uma determinada emissão violeta podem emular o comportamento de uma lâmpada halógena”. Debaixo dessa luz, os voluntários foram, mais uma vez, enganados pelo truque dos FWAs. No entanto, essas lâmpadas de LED com um violeta específico não são comuns. E enquanto elas não forem, teremos que nos contentar com um futuro realista em termos de roupas brancas.

[LEUKOS via Quartz]

Imagens: Shutterstock / Chones; Wikimedia Commons

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