Um cara comprou um Macintosh antigo pela internet e achou um jogo erótico da década de 80

Um cara comprou pela internet um Macintosh SE quebrado e depois de consertá-lo, acabou encontrando um aplicativo erótico.

Um cara comprou pela internet um Macintosh SE quebrado que ia para o depósito de lixo. Depois de limpar e consertar o computador, acabou encontrando uma surpresa escondida na pasta “America Online”: um aplicativo erótico chamado MacPlaymate.

E como podemos esperar de um jogo rodando num computador com 1 MB de memória RAM e HD de 20 MB, a premissa era simples: interagir com uma personagem chamada Maxie, tirando suas roupas e usando brinquedos sexuais. Era possível, inclusive, assisti-la transando com outros personagens. O software contava ainda com um botão de “pânico”, que rapidamente acionava uma planilha. Esse vídeo, em inglês, demonstra o gameplay (NSFW) e essa é a galeria (também NSFW) que o rapaz criou para contar a sua saga.

Criado pelo quadrinista e designer de softwares Mike Saenz em 1986, o jogo é um pedacinho da história do Mac. O MacPlaymate foi o primeiro jogo do tipo e causou bastante controvérsia na época. Dois anos depois de sua criação, ele ficou popular e muitas pessoas diziam que ele promovia a violência contra a mulher. De acordo com o Los Angeles Times em 1988, alguns executivos o batizaram de “MacRape”, fazendo referência ao estupro.

maxie-macplaymate

O The Times relatou que a empresa que desenvolveu a tecnologia de animação usada por Saenz na criação do jogo se distanciou do projeto, afirmando que era “degradante”. Saenz conseguiu chegar a um acordo, no qual parte do dinheiro arrecadado com a vendas do game iriam para a Chicago Abused Women Coalition, uma organização de proteção à mulher.

O caso, no entanto, não afetou a popularidade do jogo. Uma pesquisa do New York Times apontou que algumas pessoas escolhiam o Macintosh em vez dos computadores da IBM só para jogar o MacPlaymate. Uma reportagem de 1988 do LA Times estima que esse foi o jogo mais pirateado da história do Mac.

Nesses artigos antigos, você pode ver que o MacPlaymate já levantava discussões morais e filosóficas sobre como os computadores e o sexo seriam integrados às nossas vidas — assim como acontece hoje, nas discussões sobre sexo e realidade virtual. Segundo o LA Times, enquanto algumas pessoas não ligaram para o assunto, outras diziam que era o presságio da “inevitável união do fascínio pela tecnologia e obsessão por sexo da sociedade”.

Se você quiser dar uma olhada no MacPlaymate, ele está disponível para download nesse repositório no formato .sit.

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