Made in Brazil Banda larga móvel no Brasil cresce, mas ainda tem muitas barreiras

Já reclamamos por aqui do preço da Banda Larga doméstica no Brasil e como ela demora para se expandir no País. Mas será que ela ficará menos importante por causa da expansão do 3G (ou 4G)? No mundo, já há oficialmente mais pontos de acesso à banda larga móvel do que na banda larga tradicional. No Brasil, isso deve acontecer com um pouco de atraso, em 2011; e em 2014, a previsão é de que tenhamos no País 60 milhões de acessos por banda larga móvel. É o que diz um estudo da Huawei e Teleco, que traz mais números sobre o assunto. Gostamos de números. E gráficos.

Já reclamamos por aqui do preço da Banda Larga doméstica no Brasil e como ela demora para se expandir no País. Mas será que ela ficará menos importante por causa da expansão do 3G (ou 4G)? No mundo, já há oficialmente mais pontos de acesso à banda larga móvel do que na banda larga tradicional. No Brasil, isso deve acontecer com um pouco de atraso, em 2011; e em 2014, a previsão é de que tenhamos no País 60 milhões de acessos por banda larga móvel. É o que diz um estudo da Huawei e Teleco, que traz mais números sobre o assunto. Gostamos de números. E gráficos.


Para contar os pontos de acessos de banda larga móvel são considerados celulares, smartphones, modems ou outros dispositivos que acessem a rede com velocidade superior a 256 Kbps. O balanço divulgado traz dados do 2º trimestre de 2009 e mostra o Brasil atrás da média mundial, mas mesmo assim crecendo em um ritmo forte. Há dois motivos para o crescimento não ser ainda maior: a quantidade de aparelhos com 3G habilitado e o preço dos planos de dados. Para se ter uma ideia, alcançamos agora a mesma proporção de celulares com acesso rápido à internet que o Japão conseguiu em 2001, quando foi implantado o serviço. Veja como está hoje:

A pesquisa descobriu o que pra gente parece óbvio: o plano de dados para celular é mais caro no Brasil que em basicamente qualquer país pesquisado: a Espanha fica um pouco na frente. Para um plano de 500B, paga-se em média R$ 76 aqui, contra o equivalente a R$ 35,40 na Argentina e R$ 18 no Reino Unido para 1 GB. Outro dado interessante: a estratégia de cobrar por velocidades diferentes é basicamente uma invenção nacional. Que orgulho!

O gráfico aí em cima mostra que a banda larga móvel no Brasil não chega a tantos lugares, mas já está disponível, tecnicamente, para mais de 60% da população. Para atingir mais gente, de acordo com Teleco e Huawei, como as pessoas por aqui gostam de celulares desbloqueados, sem planos com operadoras, é preciso haver mais planos de dados pré-pagos. No Chile, a Movistar (que tem participação da Telefônica, como a Vivo), tem planos de dados para 24h, uma semana ou um mês. 

O que vocês acham que falta para a banda larga móvel deslanchar no Brasil? Antes de tudo acho que seria uma boa melhorar o serviço para quem já paga uma pequena fortuna pelo acesso que em boa parte de São Paulo (imagina em outros lugares) não chega nem perto da velocidade contratada. O estudo completo, bem interessante, está aqui.

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