Made in Brazil Como definir “Computação na Nuvem” para um público leigo?

Eis a tentativa da Veja, na edição que chegou às bancas este fim de semana:  "A computação em nuvem é mais ou menos o que sua mãe faz com as roupas sujas que você deixou espalhadas no chão do quarto e, dias depois, como que por encanto, encontra no armário limpas, passadas, cheirosas e cuidadosamente dobradas nas gavetas certas, sem que você tenha ideia de como isso aconteceu."

Eis a tentativa da Veja, na edição que chegou às bancas este fim de semana:  "A computação em nuvem é mais ou menos o que sua mãe faz com as roupas sujas que você deixou espalhadas no chão do quarto e, dias depois, como que por encanto, encontra no armário limpas, passadas, cheirosas e cuidadosamente dobradas nas gavetas certas, sem que você tenha ideia de como isso aconteceu."

Faz sentido pra você? Eu concordo que computação em nuvem, que até ano passado era um termo que mal traduzíamos, é algo meio difícil de explicar, ainda mais numa revista que é lida por gente com níveis tão diferentes de instrução. Eu gosto dessa explicação aqui. Mas sei lá, há paralelos melhores, especialmente quando se dá um que parece ser direcionado à molecada, quem estaria mais por dentro do assunto, comparativamente. Fora que essa ideia de "magicamente aparece na sua gaveta" faz pensar que as crianças creditam a Oompa Loompas a tarefa de lavar a roupa. E todo moleque sabe que é o urso do Comfort que faz isso.

Voltando: a Computação na Nuvem é o carro-chefe do especial Vida Digital, que traz 46 páginas passando desde a questão da privacidade na rede até um ótimo perfil do Stephen Wolfram. Tem aqueles exageros tipo dizer que a "nuvem" é a salvação e faz a economia de todo mundo. Um exemplo bem forçado diz que o The New York Times economizou milhões para colocar seu acervo digital de décadas de reportagem "na nuvem": gastou apenas 240 dólares. Eu quero essa máquina de calcular também.

De qualquer forma, aproveitando o Dia dos Pais, é uma boa tentativa de fazer a geração mais antiga entender como funciona essa tal de internet. Tem um monte de exageros, supersimplificações e meia dúzia de coisas erradas, mas hey, ao menos um assunto ultrageek está na capa da maior revista em circulação no País. Dê a revista pro velho e roube de volta para ler a ótima entrevista com Gary Small, neurocientista que diz que a internet transforma bastante o nosso cérebro (boa surpresa: normalmente isso é bom, e há provas) e um artigo do Eric Schmidt, CEO do Google que deixou o conselho da Apple recentemente.

A propósito: como você explicaria cloud-computing para sua avó?

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