_

Made in Brazil Conversa de fim de semana: desktops e gamers de PC

Eu tinha alguma noção que o post que eu e o Felipe escrevemos sobre a "morte do desktop" iria gerar alguma polêmica. Mas fiquei meio impressionado. Obrigado a todo mundo que comentou, acho ótima uma discussão que faça as pessoas pensarem ou defenderem pontos! E eu até pensei em explicar melhor alguns dos argumentos, mas acho que o problema é que na pressa de dizer que a gente é meio idiota muita gente esqueceu de ler o texto. A gente começou falando que "é claro que sempre haverá gamers de PC" e depois, "Imagine que você é um usuário que não sabe muito dessas coisas de tecnologia — se você lê o Giz, não é o caso, mas imagine! O que você faria em um PC?" Isso deveria deixar claro o propósito do texto. É uma análise das tendências do mercado. Não estamos falando pra você jogar seu desktop fora. Eu estou muito feliz com o meu, por exemplo. Nós só estamos dizendo que olhando as estatísticas, avaliando, sabe, o mundo, vemos que para um consumidor médio (muita gente não sabe, mas o consumidor médio usa pouco o computador para RENDERIZAR vídeos) a escolha por um Desktop é ruim. E, no médio prazo, tenho dúvidas se vai ser uma escolha sensata mesmo para os mais geeks de tecnologia.

Eu tinha alguma noção que o post que eu e o Felipe escrevemos sobre a "morte do desktop" iria gerar alguma polêmica. Mas fiquei meio impressionado. Obrigado a todo mundo que comentou, acho ótima uma discussão que faça as pessoas pensarem ou defenderem pontos! E eu até pensei em explicar melhor alguns dos argumentos, mas acho que o problema é que na pressa de dizer que a gente é meio idiota muita gente esqueceu de ler o texto. A gente começou falando que "é claro que sempre haverá gamers de PC" e depois, "Imagine que você é um usuário que não sabe muito dessas coisas de tecnologia — se você lê o Giz, não é o caso, mas imagine! O que você faria em um PC?"

Isso deveria deixar claro o propósito do texto. É uma análise das tendências do mercado. Não estamos falando pra você jogar seu desktop fora. Eu estou muito feliz com o meu, por exemplo. Nós só estamos dizendo que olhando as estatísticas, avaliando, sabe, o mundo, vemos que para um consumidor médio (muita gente não sabe, mas o consumidor médio usa pouco o computador para RENDERIZAR vídeos) a escolha por um Desktop é ruim. E, no médio prazo, tenho dúvidas se vai ser uma escolha sensata mesmo para os mais geeks de tecnologia.

Podemos falar eternamente sobre o assunto. Mas hoje queria discutir somente a questão de games. Como falamos, sempre haverá gente disposta a montar computadores para jogar.  Eu sou um deles, aliás. Mas mesmo para o entusiasta por jogos, será que essa é a melhor opção?

Antes de colocar os prós e contras, um dos argumentos, quase um mito que muita gente repetiu nos comentários, precisa ser derrubado. A história do "por R$ 1.000 eu monto um computador que roda jogos mais bonitos que os videogames".
– Isso simplesmente não é verdade. Primeiro que, pra dizer isso, você provavelmente nunca viu Gears of War 2, Killzone 2 ou Fallout 3 rodando num Xbox 360 ou PS3. Deve estar comparando com coisas do PS2. E eu não sou apenas um jogador de videogame que não vê o outro lado. Confie em mim, eu monto muitos computadores, leio os guias do Tom’s Hardware, só no último mês comprei peça a peça e configurei três máquinas para amigos. Por R$ 1.000 você não consegue montar um bom computador para jogos com uma boa placa de vídeo, pra início de conversa. Um processador animal passa dos R$ 700, as 10 melhores placas de vídeo hoje estão todas acima de R$ 400.  Muita gente não liga, mas você precisa também ter um sistema operacional para rodar tudo isso (o Linux NÃO é uma alternativa nessa área). E isso é caro. Eu estou montando um computador (montando, sim, porque vai ser devagar e aproveitando viagens de amigos pro exterior) pra jogar Starcraft 2 quando ele chegar. Um Core i7 920, uma Asus P6T, uma Gtx 280. Sem contar um case bom, ventilação, memórias DDR3, HDs de boa velocidade. Isso é mais caro que um Zeebo, acredite. E jogadores de PCs estão acostumados a jogos com slow-down, a ter de diminuir a resolução em algumas partes, caçar drivers mais atualizados, a instalar e reinstalar jogos… Vai por mim, isso não existe nos consoles. E isso não tem preço.

 

A favor dos consoles:
1. São mais baratos que PCs com a mesma capacidade
2. É um media center para você colocar embaixo da TV, sem ter que mudá-lo de lugar
3. Tem os melhores jogos exclusivos (Rock Band, Fable 2, Little Big Planet, Killzone, Gears of War 2, etc)
4. Para imersão, é melhor usar um joystick que treme (ou tem um sensor de movimentos, no caso do PS3)
5. Suportam jogos em multiplayer no mesmo lugar
6. Tem mais longevidade (um Xbox 360 comprado em 2005 terá os melhores jogos da geração até o fim de 2011, pelo menos)
7. Tem mais opções de jogos bons e baratos (os de US$ 10 da Live Arcade ou PSN)

Por outro lado
1. Jogos de videogame são mais caros
2. Por mais bonitos que sejam, jogos de videogame não rodam a resoluções de 1.920 x 1280, no máximo do máximo.
3. RPGs online estão todos no PC
4. Para alguns (eu já fui um desses), nada é melhor que um mouse para dar um headshot num outro jogador.
5. Tem os melhores jogos exclusivos (Starcraft 2, WoW, The Sims 3, Galactic Civilizations 2, Tibia, etc)
6. Desktops também servem para outras coisas
7. Desktops têm capacidade de upgrade

 

No fim, o que é melhor pra você é um pouco do quanto você dá de peso pra cada uma dessas coisas. O que vocês acham? De qualquer forma, antes de começarem a disparar, tenha em mente o que um mestre zen (provavelmente de algum jogo da série Final Fantasy) me ensinou: é muito melhor para sua capacidade argumentativa ler um texto com o qual você discorda. Ele pode te dar uma opinião nova ou fazer você buscar argumentos consistentes para defender sua velha opinião.

Sair da versão mobile